Pais realizam 2ª manifestação em frente à Unimed e pedem pagamento de clínicas conveniadas

Acompanhados dos filhos, pais pedem novamente que a Unimed regularize os pagamentos às clínicas particulares de terapia

Pais realizam 2ª manifestação em frente à Unimed e pedem pagamento de clínicas conveniadas
Clínicas estão parando tratamento por falta de pagamento desde o início do ano – Foto: Gabriel Cavalcante/Roraima em Tempo

Pais de crianças com Transtorno do Déficit Autista (TEA) e/ou Síndrome de Down fizeram uma segunda manifestação em frente à sede administrativa da Unimed em Boa Vista. A ação ocorreu na manhã desta segunda-feira (11).

Dessa vez, acompanhados de seus filhos, os pais pedem novamente que a Unimed regularize os pagamentos às clínicas conveniadas de terapia. Através disso, as crianças têm acesso às terapias ocupacionais, psicólogos, bem como outros tratamentos necessários para uma melhor qualidade de vida.

Assim explica o contador Carlos Filho, pai de um menino de 4 anos com TEA. De acordo com ele, os maiores prejudicados nessa situação, são as crianças.

“É ruim quando a gente vai recebendo os avisos das clínicas, que os pagamentos não estão sendo feitos. Eles dão um prazo curto ali, pra tentar se resolver de alguma forma, e aí em seguida o tratamento é cancelado”, disse.

De acordo com outra mãe, que preferiu não se identificar, a Unimed não consegue atender todas as crianças que precisam de tratamento. E por isso a empresa repassa os valores dessas terapias para clínicas particulares.

“Nesse período que ela [Unimed] fica sem proporcionar essas terapias, as nossas crianças regridem. E elas não podem ficar nenhum dia sequer sem essas terapias. Então é isso que nós viemos pedir pra Unimed, pela segunda vez, que eles paguem as clínicas, para que nossas crianças possam retornas às terapias”, ressaltou.

Resposta

Alguns pais entraram na sede da empresa para tentar falar com algum representante. Pouco depois, a advogada da Unimed Fama atendeu os manifestantes. Porém, a resposta dada não agradou os pais.

Segundo a advogada e mãe de autista, Pâmela Morais, a representante da Unimed disse que não poderia fazer nada. Ela explicou também que não havia ninguém que pudesse resolver a situação dos pais.

“Nós tivemos como resposta da advogada da Unimed, que ela não tem um posicionamento, e que aqui na sede em Boa Vista não tem ninguém que possa nos atender e dar um posicionamento. Pediram que a gente se retirasse. Que a gente poderia fazer a manifestação do lado de fora, que se os pais ficassem lá dentro, a polícia seria acionada” relatou Pâmela.

A Unimed acionou a polícia e alegou que os pais estavam gerando tumultuo e barulho. Logo após diálogo com os manifestantes, os policiais foram embora, por se tratar de uma manifestação pacífica.

A redação tentou contato com a assessoria de comunicação da Unimed Fama, mas não obteve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Fonte: Da Redação

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