O Comando da Polícia Militar de Roraima (PMRR) solicitou à Justiça, informações sigilosas sobre o processo, do caso de sequestro e tortura do Jornalista Romano dos Anjos.
A PMRR encaminhou o ofício à Justiça Estadual, assinado pelo comandante coronel Francisco Xavier no dia 24 de junho.
O comandante direcionou o documento à juíza Daniela Schirato. De acordo com o coronel, os documentos vão contribuir com a investigação do Conselho de Justificação, que apura a conduta dos oficiais. Da mesma forma, do Conselho Disciplinar, que apura a conduta dos praças.
Acusados
No Conselho de Justificação, a PMRR apura a conduta de quatro policiais presos pelo caso Romano. São eles: os coronéis Moisés Granjeiro de Carvalho, Natanael de Oliveira Júnior. Além disso, o tenente-coronel Paulo Cézar de Lima Gomes, bem como o major Vilson Carlos Pereira de Araújo também são investigados. Cabe então ao conselho decidir se os policiais envolvidos continuam ou não na corporação.
O Conselho foi instaurado em abril deste ano, com previsão de ser concluído em 30 dias. Após três meses, os trabalhos ainda não terminaram.
Além disso, os quatro acusados estão presos desde setembro e outubro do ano passado, acusados de violação de domicílio, roubo majorado, dano qualificado, constituição de milícia privada, organização criminosa e tortura.
Da mesma forma, outros cinco policiais militares receberam acusação pelos crimes. São eles: os Subtenentes Nadson José Carvalho Nunes e Clóvis Romero Magalhães de Souza. Bem como o sargento Gregory Thomaz Brashe Júnior e o soldado Thiago de Oliveira Cavalcante Teles.
O sargento Bruno Inforzato de Oliveira Gomes está em liberdade, mas chegou a ser preso em uma das operações. Assim também, o ex-servidor da Assembleia Legislativa Luciano Benedicto Valério também segue preso pelos crimes.
Por fim, o ex-deputado Jalser Renier, é réu e apontado como o mandante do sequestro. Ele chego a ser preso na segunda fase da Operação Pulitzer. Contudo, devido à imunidade parlamentar, conseguiu habeas corpus. Jalser perdeu o mandato em fevereiro deste ano. No entanto, mesmo se imunidade parlamentar, segue em liberdade.
O que diz a PMRR
Questionada sobre o prazo de conclusão dos conselhos, a PMRR se limitou a dizer que o “ato administrativo transcorre de forma independente, sem vinculação com a apuração judicial na esfera criminal ou cível“.
Disse ainda que o Conselho de Justificação é composto por três oficiais mais antigos que os oficiais investigados.
Fonte: Da Redação