A operação Guardiões do Bioma – Terras Indígenas que atuou entre 5 de julho a 7 de agosto no combate ao garimpo ilegal e ilícitos ambientais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima resultou no desmonte de organizações criminosas.
A operação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) e teve a participação de 12 instituições federais.
Resultados da operação
Por meio da ação, os agentes apreenderam 23,9 toneladas cassiterita, ouro e mercúrio, 36 aeronaves, destruídas ou interditadas.
Além disso, a Polícia Federal (PF) apreendeu 15,6 mil litros de combustíveis, 119 munições e prendeu 25 pessoas. Também lavrou 115 autos de infração e foram realizados 712 atendimentos de saúde à população indígena.
A iniciativa contou ainda com a fiscalização de aeródromos, pistas de pouso, aeroportos, pontos de abastecimento e aeronaves, bem como o bloqueios fluvial e rodoviário, monitoramento de hectares, destruição de motores, geradores e esteiras, além de medidas administrativas.
Por falta de autorização, a PF interditou três tanques com capacidade para 15 mil litros e suspendeu a habilitação de voo para sete pessoas.
Indicadores 2021
As ações repressivas da Terra Indígena Yanomami durante a primeira fase da Operação em 2021 resultou na apreensão de 89 aeronaves e uma de asa rotativa, bem como 10 motores de popa, 17 veículos, dois geradores, nove armas, 17,8 mil litros de combustíveis
Além disso, a PF apreendeu 9,8 mil kg de minério, 850 munições, nove embarcações do tipo voadeira, entre outras. Também houve fiscalização de 182 aeronaves, 87 pistas de pouso e 135 postos de revenda, interdição de 22 postos de combustíveis e 14 aeronaves.
Do mesmo modo, a corporação ainda inutilizou quatro tratores, 10 balsas, 91 motores, 11 veículos, 22 aeronaves e 88,5 mil litros de combustíveis. Também suspendeu 15 aeronaves e realizou 34 autos de infração.
Combate ao crime
De acordo com o secretário de Operações da Seop, Alfredo Carrijo,a queda em alguns indicadores de 2022 é reflexo do enfraquecimento de ilícitos ambientais na TIY, que ocorreu na primeira edição da operação em 2021. Foram 30 dias de atuação para preservar a terra indígena e impedir a invasão de criminosos.
No ano passado, a PF apreendeu 90 aeronaves e destruiu 22. Segundo Alfredo, isso impactou diretamente na atuação dos criminosos porque o modal aéreo é o principal meio para a logística de ilícitos como a atividade garimpeira.
Ainda conforme o secretário, a tendência é a redução dos indicadores a cada ano até não restar mais apreensões ou inutilizações de veículos. Assim como aconteceu em 2022 com a apreensão e destruição de 36 aeronaves.
O monitoramento do garimpo ilegal e de ilícitos ambientais na região é permanente e acontece o ano inteiro. Uma vez identificadas as ações criminosas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública reúne diversas instituições federais.
Assim, compõem a Operação Guardiões do Bioma para que atuem dentro de suas atribuições, sufocando a logística das organizações criminosas.
Fonte: Da Redação