Empresa ligada a Mecias de Jesus é alvo de operação da Polícia Federal

O inquérito da PF aponta diversos indícios de fraude em três licitações em um convênio de R$ 2,3 milhões

Empresa ligada a Mecias de Jesus é alvo de operação da Polícia Federal
PF em na sede da empresa União – Foto: Arquivo pessoal

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Alevinos em Boa Vista e em São João da Baliza, Sul de Roraima.

Na capital, os policiais federais cumpriram mandados de busca, bem como de apreensão na empresa União Comércio e Serviços LTDA. A firma tem como sócios os irmãos Gilmar Pereira de Araújo e Antônia Pereira de Araújo. Eles são parentes diretos do senador Mecias de Jesus (Republicanos).

Conforme a PF,  as investigações tiveram início com um relatório da Controladoria Geral da União (CGU). O documento identificou irregularidades em um convênio de R$ 2,3 milhões entre o município de Rorainópolis e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O inquérito policial aponta diversos indícios de fraude em três licitações referentes ao convênio. O intuito era de beneficiar os suspeitos de participarem do esquema, o qual inclui servidores públicos e empresários.

Os suspeitos são investigados por crimes de organização criminosa, fraude em licitação, peculato e lavagem de dinheiro.

A empresa

Anteriormente, em reportagem publicada em dezembro de 2018, o Roraima em Tempo mostrou que Gilmar, um dos sócios da empresa União, residia em São João da Baliza. Desse modo, ele vivia da atividade agropecuária. Em uma das fotos encaminhadas à redação, é possível ver sua esposa almoçando em uma residência de aparência humilde.

Da mesma forma acontecia com a outra sócia, Antônia Pereira, que residia em uma casa simples no bairro Cambará em Boa Vista.

Contratos e investigações

Pesquisas feitas no Diário Oficial do Estado (DOE) mostram que a empresa pode ter recebido mais de R$ 100 milhões entre 2014 e 2020 do governo.

A firma mantém contrato com a Sesau e acabou sendo investigada na CPI da Saúde. É que ela já tinha contrato firmado para limpeza da maternidade desde 2016. No entanto, no DOE de 30 de abril de 2020, constava um termo aditivo que permitia que a empresa recebesse mais R$ 5 milhões para realizar o mesmo serviço.

Assim, a investigação desse contrato, inclusive, contribuiu para um pedido de impeachment do governador Antônio Denarium (PP).

Citados

A reportagem entrou e contato com a União Comércio e Serviços, bem como com a assessoria do senador Mecias de Jesus e aguarda resposta

Fonte: Da Redação

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