Após denúncia na imprensa, MPRR faz inspeção na penitenciária

A ação ocorreu após denúncias de que as refeições servidas aos detentos estavam fora de condições para consumo

Após denúncia na imprensa, MPRR faz inspeção na penitenciária
Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) – Foto: Arquivo/Roraima em Tempo

O Ministério Público de Roraima (MPRR) enviou dois promotores para a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc) e à empresa que prepara a alimentação dos detentos nesta quarta-feira (14), para verificar a qualidade da comida que é servida no local.

A ação ocorreu após denúncias de que as refeições servidas aos detentos estavam fora de condições para consumo.

Primeiramente, os promotores foram até a cozinha onde a empresa prepara as refeições. No local, verificaram o modo de preparo dos alimentos e, por amostragem, checaram as marmitas. Eles também foram até o local onde os produtos são estocados.

Denúncias

Nesta terça-feira (14), familiares de reeducandos denunciaram que a comida fornecida na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) está chegando estragada.

“Os reeducandos vêm sofrendo, principalmente, em relação à alimentação. Na TV tudo é lindo. A penitenciária é reformada, mas a realidade é outra, na verdade”, diz o relato.

De acordo com os familiares, outro problema na Pamc é a superlotação. Segundo eles, existem celas com até 22 detentos. Outra reclamação é de que parte dos reeducandos estão sem o direito de receber visitas.

“Queremos providência pois nem governo nem ninguém faz nada. A única nota da Sejuc é que nada acontece. Que está mil maravilhas. Enquanto eles (os detentos) estão lá agora sem direito até mesmo de visita”.

Além disso, os familiares ainda afirmaram que os kits de higiene também não chegam completos até os reeducandos. Do mesmo modo, os medicamentos enviados para eles também não são entregues.

Massacre

Nas redes sociais circula um bilhete em que um preso pede ajuda sobre as demandas. Ele cita o massacre de 2016, em que 10 detentos foram mortos dentro da Pamc.

O texto também pede a ajuda de órgãos ligados aos direitos humanos. Além disso, cita a palavra ‘sangue’ e diz que a penitenciária está “um barril de pólvora”.

Fonte: Da Redação

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