Pela 6ª vez neste ano, servidores terceirizados da maternidade estão com salários atrasados

Ultimo pagamento está atrasado há cerca de um mês; empresa é ligada a parentes do senador Mecias de Jesus; ela foi alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (14)

Pela 6ª vez neste ano, servidores terceirizados da maternidade estão com salários atrasados
Servidores terceirizados da maternidade em greve – Foto: Alexandre Grossi

Pela sexta vez este ano, servidores terceirizados da Maternidade Nossa Senhora de Nazaré em Roraima, estão com os salários atrasados. O último pagamento está atrasado a cerca de um mês conforme os trabalhadores.

De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Alexandre Grossi, cerca de 170 trabalhadores não estão conseguindo pagar as contas.

“Desde a atual gestão na secretária da Saúde, os atrasos tem sido constantes no pagamento. […] Muitos trabalhadores não tem como pagar seus alugueis e isso está constrangendo muito nossos trabalhadores aqui do estado”, explicou.

Ainda de acordo com Grossi, quando procurada, a empresa responsável pelo pagamento dos servidores, a União Comércio e Serviços Ltda, alega que não tem como cumprir com o compromisso devido o atraso do pagamento da fatura da Secretaria de Saúde do Estado (Sesau).

Do mesmo modo, Alexandre também disse que os servidores enviaram um ofício para a Sesau em busca de respostas.

“Enviamos um oficio para a Sesau, relatamos a falta do pagamento, a falta de insalubridade […] pedimos também através de oficio, no entanto eles não respondem para a gente“.

Relembre

Em abril, os servidores da maternidade também haviam entrado em greve por falta de pagamento dos salários. A União Comércio e Serviços Ltda tem como sócios os irmãos Gilmar Pereira de Araújo e Antônia Pereira de Araújo. Eles são parentes diretos do senador Mecias de Jesus (Republicanos).

Nesta semana, a mesma empresa foi alvo de operação por parte da Polícia Federal (PF).

Conforme a PF,  as investigações tiveram início com um relatório da Controladoria Geral da União (CGU). O documento identificou irregularidades em um convênio de R$ 2,3 milhões entre o município de Rorainópolis e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Assim, o inquérito policial aponta diversos indícios de fraude em três licitações referentes ao convênio. O intuito era de beneficiar os suspeitos de participarem do esquema, o qual inclui servidores públicos e empresários.

Citados

A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado e da com empresa União Comércio e Serviços Ltda para posicionamento, e aguada retorno.

Fonte: Da Redação

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