O candidato ao Senado Federal, Hiran Gonçalves (PP), recebeu da Direção Nacional do União Brasil R$ 2,9 milhões de doação para a eleição. Em contrapartida, o partido dele, o Progressistas, doou somente R$ 176 mil para sua campanha.
Nesta quarta-feira (14), o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) acionou a Justiça questionando a doação recebida pelo deputado federal Hiran Gonçalves. De acordo com a ação, além do vultuoso valor, representando 93,7% das doações totais recebidas por Hiran, o Partido Progressista não está filiado com o União Brasil.
Além disso, os dois suplentes de Hiran, José Raimundo Rodrigues e a vereadora Aline Rezende são filiados, respectivamente, ao Republicanos e Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) que também não estão coligados na circunscrição nacional.
Portanto, o MDB pede a quebra do sigilo bancário de Hiran para verificar todos os valores recebidos pelo candidato e possíveis saques além da indisponibilidade dos recursos transferidos pelo União Brasil.
Caso a ilegalidade seja comprovada e Hiran condenado ele poderá ter o registro ou diploma cassado, assim como pode ficar inelegível.
Problemas internos no União Brasil
O valor recebido de outro partido, além de ser ilegal, criará sérios problemas para o diretório do União Brasil em Roraima. É que o valor poderia ter ido para os candidatos a deputado estadual e federal dividirem.
Um candidato do União Brasil procurou o Roraima em Tempo. Nesse sentido, ele denunciou que o partido comandado pelo deputado federal Nicoletti estaria beneficiando somente alguns em Roraima. E que isso já vinha incomodando os demais.
“Na eleição para vereador de 2020 foi a mesma coisa. Só alguns receberam os valores cheios. Os demais não tiveram dinheiro do partido para fazer campanha. Agora, ao invés desse repasse vir para nós, acabou sendo doado para o Hiran que já tem estrutura e contratos na Secretaria Estadual de Saúde? É revoltante”, disse o candidato.
Fonte: Da Redação