Empoderamento e oportunidade: mulheres refugiadas e imigrantes empreendem na área de alimentos

Conforme pesquisa divulgada pela Acnur, principais áreas de atuação estão concentradas no ramo de alimentos e serviços pessoais

Empoderamento e oportunidade: mulheres refugiadas e imigrantes empreendem na área de alimentos
venezuelana Carmen Julia consegue reconhecer em si mesma uma empreendedora/Foto: Divulgação ACNUR

Por meio da oportunidade, a venezuelana Carmen Julia consegue reconhecer em si mesma uma empreendedora. Formada em Administração, ela estava fazendo uma segunda graduação, em Direito, quando deixou a Venezuela e veio para o Brasil.

Sem conseguir emprego na área de formação, ela recorreu à produção e venda de pratos típicos venezuelanos para conseguir alguma renda.

Assim, da necessidade surgiu o empreendimento, que hoje é a principal fonte de renda da família – parte já instalada em São Paulo e outra vindo, aos poucos, para o Brasil.

Empreendedorismo

O empreendedorismo é o recurso que muitas pessoas refugiadas e migrantes encontram quando chegam ao Brasil e não conseguem colocação no mercado formal de trabalho.

Conforme uma pesquisa divulgada pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), as principais áreas de atuação estão concentradas no ramo de alimentos e serviços pessoais (com destaque para salões de beleza e barbearias).

Em contrapartida, integram o topo da lista as atividades de informática, construção, saúde, vestuário e calçados.

Os pequenos negócios abertos por pessoas venezuelanas no Brasil se caracterizam por serem empresas pequenas e familiares, em endereços virtuais, fixos ou de forma ambulante. Roraima costuma ser a porta de entrada da maioria dessa população que hoje está no Brasil, e é também onde muitas delas começam a empreender.

Outro destino procurado é o estado de São Paulo, onde Carmem Julia reside atualmente. Segundo a pesquisa, o faturamento mensal das empresas abertas por pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas é bastante heterogêneo. Enquanto em Boa Vista (RR) este valor está geralmente abaixo de um salário mínimo, na capital paulista o faturamento varia entre R$ 4,5 mil e R$ 25 mil por mês. 

“Apesar de ser um negócio em que estou iniciando, já percebo lucros e com isso vou ajudando a minha família”, afirma Carmen.

Por fim, ela segue em busca de mais qualificação, e está reforçando os estudos e assim ampliando a área de atuação para além dos pratos típicos, incluindo agora confeitaria.

Fonte: Da Redação

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