MPRR denuncia ex-gestores da Grão-Norte por desvio de grãos

O desvio de grãos, avaliados em R$12,8 milhões, ocorreu entre 2018 e 2019

MPRR denuncia ex-gestores da Grão-Norte por desvio de grãos
Depois da ocorrência, complexo de silos foi leiloado pelo Governo – Divulgação/Governo de Roraima

O Ministério Público de Roraima (MPRR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ajuizou denúncia contra os ex-diretores da Cooperativa-Grão Norte pelos crimes de apropriação indébita e dano qualificado.

Nesse sentido, as investigações apontaram os dois como responsáveis pelo desvio de grãos do Complexo Agroindustrial de Silos Graneleiros situado na região do Monte Cristo, próximo à BR-174. O local, que pertencia ao Governo do Estado, tinha a administração pela Cooperativa.

O desvio de cerca de 11 mil toneladas de grãos, avaliadas em R$12,8 milhões, ocorreu entre 2018 e 2019, pórem só descobriram em 2020. De acordo com o MPRR, venderam os grãos no mercado local e até mesmo para comerciantes da Guiana.

“As apropriações, mediante desvios, ocorriam de forma paulatina, justamente para não levantar suspeitas. Almejando criar aparente legitimidade para as negociações de compra e venda de grãos, os denunciados introduziram naquele local uma empresa homônima, a GRÃO NORTE Serviço, de propriedade de Alan (o qual, até então, era Gerente da Cooperativa)”, narra trecho da denúncia.

Ao todo, o desvio de grãos prejudicou 20 vítimas entre produtores, pequenas associações e cooperativas de agricultores em Roraima.

Caso ocorra a codenação, a dupla pode pegar penas de até cinco anos e seis meses de detenção. A multa e devolução dos valores desviados com a devida correção monetária.

Protesto pedindo posicionamento do MPRR e PCRR

Em agosto do ano passado, produtores de soja e milho protestaram no Centro Cívico de Boa Vista exigindo esclarecimentos da Polícia Civil e do MPRR sobre as investigações do desaparecimento dos grãos.

Operação Êxodo

Um mês depois, a Polícia Civil deflagrou a Operação Êxodo e cumpriu dois mandados de prisão sendo de um ex-funcionário e de um diretor da Grão-Norte. Além disso, mais cinco de busca e apreensão em Roraima e São Paulo.

Apreenderam três armas na casa de um dos investigados que acabou autuado em flagrante por posse ilegal de armas de fogo e munições.

Leilão do Complexo de Silos

No dia 18 de fevereiro deste ano, o complexo de silos foi leiloado pelo Governo do Estado por R$ 26 milhões. A compradora foi a empresa Amaggi, que pertence ao ex-senador Blairo Maggi do Rio Grande do Sul.

Fonte: Da Redação

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