Roraima está na ‘lista suja’ de empregadores envolvidos com trabalho análogo à escravidão

Relação foi atualizada no último dia 14 de dezembro e traz um balanço de empresas com registros entre os anos de 2011 e 2022

Roraima está na ‘lista suja’ de empregadores envolvidos com trabalho análogo à escravidão
Foto: Divulgação/Ministério Público do Trabalho e Previdência

Roraima e outros seis estados da Amazônia integram a “Lista Suja” de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo.

A relação foi atualizada no último dia 14 de dezembro e traz um balanço de empresas com registros entres os anos de 2011 e 2022.

Na relação, Roraima aparece duas vezes, com sete trabalhadores resgatados. Um foi em 2018 no Sítio Paraíso, Vicinal da Surrão, zona Rural do município do Cantá. Os outros seis estavam em uma área de extração de madeira, situada na Vicinal 21 em São João da Baliza.

PRF

No dia 6 de dezembro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou 14 homens que trabalhavam em um pedreira, localizada em São João da Baliza, em condições análogas à escravidão.

Durante a operação, as equipes de auditores e policiais se dirigiram até o município de São João da Baliza, localizada na BR 210, Sul do estado, para verificar denúncia de possível submissão à condição de trabalho escravo, em uma mineradora clandestina situada na vicinal 29 do município.

No local foram encontrados os homens que trabalhavam informalmente, sem garantias trabalhistas e previdenciárias, sem salário fixo, recebendo por produção, sem uso de nenhum tipo de Equipamento de Proteção individual (EPI).

Alguns dos trabalhadores eram de um estado da região nordeste, e vieram para trabalhar na pedreira. No local, moravam em barraca de lona, sem paredes e piso de chão, sem água tratada, sem banheiros, alimentação precária, e tinham que pagar mensalmente pela alimentação e outros materiais, além de serem responsáveis por providenciar suas ferramentas de trabalho.

No local também foram encontrados explosivos e oito pássaros silvestres mantidos engaiolados sem  autorização do órgão ambiental competente.

Fonte: Da Redação

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