O militar Clóvis Romero Magalhães Souza, preso durante a Operação Pulitzer suspeito de participar do sequestro do jornalista Romano dos Anjos, já é condenado pela Justiça de Roraima por violência contra a mulher.
Mais cedo, em nota, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, onde o militar trabalhava no ano passado, disse que os nomes escolhidos tinham “ficha exemplar”.
Contudo, em março de 2020 saiu a condenação de Clóvis por agredir a ex-companheira. De acordo com a sentença obtida pelo Roraima em Tempo, a pena fixada foi de 1 anos e 5 meses.
O militar é suspeito de participar do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos. A Polícia Militar disse que deve abrir procedimento somente após a investigação do caso ser concluída.
Caso do militar suspeito
De acordo com o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), o militar agrediu uma ex-namorada, quando foi até a residência dela buscar os filhos.
Logo depois, o policial sacou uma pistola .40, apontou para o rosto da mulher, e disse que iria atirar. O órgão cita que ele ainda deu um tapa na ex-companheira, e a empurrou.
O militar tentou dizer que não tinha mais vínculo familiar com a ex-mulher. Por isso, pediu que não fosse condenado.
Mas a juíza Sissi Schwantes rebateu as afirmações, lembrando que a agressão se deu pelo simples fato de a vítima não ter encontrado rapidamente o controle do portão.
A juíza diz também que a vítima deu depoimento de forma segura, bem como as outras testemunhas. Dessa forma, não restavam dúvidas da autoria do crime.
Por outro lado, a Justiça permitiu que ele recorresse em liberdade. Um recurso apresentado pelo agora suspeito está para julgamento desde janeiro deste ano.
Sequestro
Preso hoje na Operação Pulitzer, Clóvis seguiu para o Comando de Policiamento da Capital (CPC), junto com outros envolvidos.
A reportagem revelou que os militares tinham salários de até R$ 11 mil na Assembleia Legislativa na gestão de Jalser Renier (SD). A Casa diz que não compactua com as condutas dos suspeitos.
Leia sobre o sequestro
Ao todo, sete mandados de prisão estão sendo cumpridos, sendo seis contra militares. A Polícia Militar diz que abrirá apuração depois de concluídas as investigações.
A Justiça de Roraima também expediu outros 14 mandados de busca e apreensão. O inquérito continua, e em segredo de Justiça.
Por Redação