Anvisa proíbe a venda de todas as pomadas para modelar e trançar cabelos

Interdição é temporária e estará vigente até testes, análises e outras providências possíveis para concluir a investigação sobre caso de intoxicações

Anvisa proíbe a venda de todas as pomadas para modelar e trançar cabelos
A cabelereira e trocologista Rosi Ribeiro conversa com a Agência Brasil sobre o uso de pomadas capilares e os perigos de alguns cosméticos/Foto: Agência Brasil

A Anvisa proibiu a venda e o uso de pomadas para modelar, trançar e fixar cabelos conforme resolução publicada na quinta-feira (9), no Diário Oficial da União.

A medida de segurança vale também para distribuição e exposição para a venda de todos os lotes de qualquer tipo destes cosméticos, no comércio em geral.

A interdição é temporária no entanto, ela estará vigente até testes, análises e outras providências possíveis ocorram para concluir a investigação sobre caso de intoxicações.

Conforme a Anvisa, ainda que algumas pomadas nas residências ou em salões de beleza, tenham sido compradas antes da publicação da resolução, elas não devem ser usadas.

Entenda o caso

Em dezembro do ano passado, a Anvisa alertou para o risco de cegueira temporária pela pomada O produto é usado para trançar e modelar cabelos comercializados em todo o país.

O colegiado foi quem tomou a decisão como forma de prevenir novos casos de intoxicação relacionados ao uso desse tipo de produto de várias marcas, em diferentes regiões do país.

Efeitos

Entre os efeitos adversos observados estão: perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão e inchaço dos olhos, dores de cabeça e queda intensa de cabelo.

Segundo as informações, os relatos são principalmente, depois que os usuários que aplicaram as pomadas mergulharam no mar, piscina, tomam banho de chuva, ou transpiram. Isso porque a pomada escorre pelo rosto e entra em contato com os olhos.

Orientações da Anvisa

Para proteger a população, a Anvisa orienta os consumidores a não usarem ou adquirirem essas pomadas. Os cabelos tem que ser lavados com cuidado, com a cabeça inclinada para trás, para que o produto não escorra para os olhos.

Em caso de contato acidental, os olhos devem ser lavados imediatamente com água em abundância. Se houver intoxicação, a orientação é que procurem o serviço de saúde mais próximo.

Em caso de efeitos indesejados, é possível informar a Anvisa por meio de um formulário online. A agência recomenda que, na hora de fazer o registro, a pessoa tenha em mãos os dados do rótulo do produto.

Do mesmo modo, uma equipe técnica recebe o formulário. O informante tem seus dados em sigilo.

Já os profissionais de saúde que realizarem atendimentos a pacientes com danos à saúde devido ao uso destas pomadas, devem notificar a Anvisa pelo site.

Nos estados e municípios, as vigilâncias sanitárias locais tem que fiscalizar e adotar as medidas necessárias. Os produtos, até uma possível mudança de orientação da Anvisa.

Outras medidas

Até o fim da interdição, estão suspensas também pela Anvisa novas notificações para regularizar pomadas capilares. Na semana que vem, a Diretoria Colegiada da Anvisa deve realizar uma reunião técnica com o setor produtivo para discutir novos procedimentos necessários à regularização dos produtos, que deverão seguir regras específicas.

Anvisa já tinha publicado dois alertas e interdições sobre estes produtos aos cabelos.

Contudo, a agência e os órgãos de vigilância sanitária locais seguem investigando os casos, os produtos citados e as empresas fabricantes.

Por enquanto, a Anvisa não determinou o recolhimento das pomadas capilares investigadas, das prateleiras. No Rio de Janeiro, no entanto, o órgão de vigilância municipal recolheu pomadas capilares em meados de janeiro.

Fonte: Agência Brasil

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