Os agentes da Guarda Civil Municipal de Boa Vista (GCM) receberam uma palestra sobre a situação da malária no município, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). O evento ocorreu nesta quinta-feira (9).
Com base nos dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Malária (Sivep-Malária), o município de Boa Vista registrou uma queda de mais de 50% no número de casos do primeiro quadrimestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Apesar da redução, o supervisor geral da malária, Creomar Oliveira, reforçou que a prevenção é constante.
Assim, a partir da capacitação sobre formas de contágio, sintomas e modos de prevenir a doença, o intuito é que os agentes possam identificar locais de risco e orientar a população durante atuação nos bairros. “Como a GCM está em contato com a população diariamente, ter esse conhecimento é uma forma de fortalecer as ações de prevenção que desenvolvemos no decorrer do ano”, explicou.
Na avaliação da Comandante Mangabeira, ter o conhecimento de causa da endemia também é uma forma de os agentes garantirem a segurança da população.
“Os GCM não fazem só patrulhamento em viatura, eles estão diretamente perto dos munícipios. Agora eles podem repassar às pessoas os cuidados que devem ter, como forma de orientação”, falou.
Dessa forma, o coordenador reforçou que a população pode ser uma grande aliada na prevenção contra a doença. A principal forma é evitar estar em locais próximos a igarapés ou beira de rio durante o final da tarde e o início da noite. Caso seja necessário estar nesses locais, é importante utilizar calças e camisas de manga longa, além do uso imprescindível do repelente e mosquiteiro.
Por fim, os principais sintomas da malária são: febre alta, dor de cabeça, calafrio, falta de apetite e fraqueza. Há casos em que o paciente também pode ter vômito e diarréia. Em Boa Vista, todas as unidades básicas de saúde (UBS) estão aptas a realizar o diagnóstico e o tratamento aos pacientes. Ao sentir qualquer um dos sintomas, procure a unidade mais próxima da sua casa.
Enquanto os casos de dengue, zika e chikungunya sofrem um aumento durante o período chuvoso, a malária começa a ter incidência em meados de setembro, após o período de chuvas. Segundo Creomar, a malária está relacionada com o comportamento da população.
“A exposição das pessoas nos locais onde há o vetor é o que causa a incidência de casos. No inverno, a população deixa de ir para o interior ou para um igarapé, o pescador não vai pescar. Já no período seco a população procura balneários e viaja para o interior, por exemplo”, contou.
Fonte: Da Redação
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