Justiça aceita pedido de prisão preventiva contra investigados por assassinato de casal em disputa de terras no Cantá

Crime aconteceu em abril deste ano. Dos seis suspeitos apontados pela Polícia Civil, apenas um está preso. Dois estão foragidos

Justiça aceita pedido de prisão preventiva contra investigados por assassinato de casal em disputa de terras no Cantá
Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci, casal que foi morto em disputa por terras no Cantá – Foto: Reprodução

A Justiça de Roraima aceitou o pedido do Ministério Público de Roraima para converter de temporária para preventiva as prisões de três investigados pelo assassinato do casal de agricultores Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci: o capitão da Polícia Militar, Helton John Silva de Souza; o empresário Caio Porto e Deivys Jesus Vegas. O crime aconteceu em abril deste ano na vicinal Surrão, no Cantá.

A decisão é do juiz Breno Coutinho, assinada no dia 5 de julho. Helton John, que também é ex-segurança do governador Antonio Denarium, está preso desde o dia 10 de maio. Caio Porto e Deivys Jesus estão foragidos.

O MP também pediu a prisão preventiva de Johnny de Almeida Rodrigues, mas não foi acatado.

O crime

O crime aconteceu no dia 23 de abril e a suspeita é de que ele foi motivado por uma disputa de terras. Segundo investigação da Polícia Civil, dois suspeitos foram até a fazenda das vítimas, invadiram a residência deles e efetuaram disparos de arma de fogo contra o casal.

Um dos vizinhos da propriedade ouviu o barulho dos tiros e, logo em seguida, recebeu a ligação de um dos trabalhadores das vítimas pedindo socorro. Quando o homem chegou no local, encontrou Jânio ainda com vida, momento em que o agricultor disse a ele quem eram os suspeitos.

A testemunha chegou a levar as vítimas para o hospital, mas elas não resistiram aos ferimentos.

Ameaças

Logo após o crime, a Polícia Civil iniciou as investigações. Os agentes apuraram que a mesma testemunha que prestou socorro ao casal, também foi ameaçada por quatro homens no dia anterior.

A testemunha e o agricultor haviam combinado de fazer uma plantação de feijão numa parte da terra. Em uma segunda-feira, a testemunha olhava o local onde fariam a plantação. Momentos depois, chegaram quatro homens e um deles estava armado com uma pistola calibre 380.

“Eles foram na propriedade e encontraram a testemunha, que é um policial militar da reserva. Eles fizeram a ameaça afirmando que o casal havia invadido as terras deles e, logo depois, foram embora”, relatou o delegado titular.

De acordo com o relato da testemunha, que ainda chegou a conversar com o agricultor sobre as ameaças, este afirmou que a terra lhe pertencia e estava toda documentada.

Fonte: Da Redação

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