Os moradores de Pacaraima, região Norte de Roraima, organizam hoje (25) um protesto contra os casos de violência na cidade.
A manifestação ocorre após a morte do comerciante Djalma Alves que foi esfaqueado por dois suspeitos no bar do qual era proprietário na cidade, na madrugada de hoje.
Conforme um dos manifestantes, o protesto começa às 14h na Quadra Delma Tupinambá. Além disso, os comerciantes devem fechar os estabelecimentos no mesmo horário.
“Há carros de som nas ruas chamando os moradores para participar do protesto. O clima está tenso. Todos estamos com medo pois não temos controle da situação e com a imigração os casos de furto e roubo aumentaram. Mas há inocentes no meio de tudo isso”, disse uma moradora.
De acordo com a comerciante, por causa do protesto, o Exército Brasileiro orientou que os imigrantes venezuelanos entrassem nos abrigos da Força-Tarefa da Operação Acolhida.
“O Exército chamou os imigrantes para se protegerem após um brasileiro soltar fogos de artifício perto do local onde estavam diversos venezuelanos. Todos correram para o posto de triagem com medo. Mas, agora os militares estão nas ruas controlando a situação”, diz.
Com o crescimento populacional em Pacaraima devido ao fluxo imigratório, o número de furtos e roubo aumentaram. Em outubro deste ano, moradores relataram ao Roraima em Tempo a insegurança causada pela falta de fiscalização na cidade.
À época, o delegado da Polícia Civil (PCRR), Francisco Araújo disse que a cidade registrava por semana ao menos três casos de ocorrência de roubo, furto e violência contra a mulher. Ele afirmou que o problema ocorria pela falta de equipes por tempo integral na fronteira.
Em março de 2020, o Governo Federal proibiu o fluxo entre Brasil e Venezuela por causa da pandemia da Covid-19. Contudo, em julho deste ano, a União voltou a autorizar a entrada de refugiados venezuelanos.
De acordo com a Casa Civil, a decisão foi tomada para continuar a interiorização dos imigrantes. Com isso, o número de venezuelanos em busca de documentação aumentou na fronteira e houve um crescimento da população em situação de rua.
Conforme a Organização Internacional para as Migrações (OIM), só em agosto o número de desabrigados chegava a 4.015. Já em setembro, o crescimento foi de 5,2%, com 4.225 refugiados em situação de rua.
Fonte: Da Redação
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