Terra Yanomami em Roraima é a maior reserva do Brasil - Divulgação/Hutukara Associação Yanomami
A Hutukara Associação Yanomami (HAY) se pronunciou sobre o caso de estupro e assassinato da adolescente de 12 anos, na comunidade Aracaçá, na Terra Yanomami, e afirmou que “este não é um caso isolado”.
O posicionamento foi divulgado nessa quarta-feira (27) por meio de nota. Conforme o presidente da HAY, Dário Kopenawa, a organização está acompanhando o caso.
“Estamos apurando mais informações juntos às comunidades para esclarecer os fatos e encaminhar o que for necessário junto às autoridades. A Hutukara chama atenção para o fato de que, se confirmado, este não é um caso isolado”, disse.
De acordo com Kopenawa, episódios de violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres Yanomami praticadas por garimpeiros invasores já foram registrados em outras regiões. Além disso, os casos constam no relatório Yanomami Sob Ataque, do dia 11 deste mês.
O relatório mostra que além do assédio sexual, casos de violência armada e ameaças de garimpeiros contra a vida dos Yanomami e Ye’kwana ocorreram na Terra Yanomami.
“Assim, mais uma vez a HAY não vai se calar diante de mais um ataque contra a vida de nossos povos”.
O texto destaca que a região de Waikás é a mais impactada pelo garimpo ilegal. Segundo a HAY, quase metade do total da área destruída está concentrada no Waikás, no rio Uraricoera. A devastação na região em 2021 foi de 296,18 hectares, um aumento de 25% em relação à 2020.
Em 2014, um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Aracaçá constatou a presença de altos níveis de mercúrio de garimpo nos habitantes. Na comunidade, 92% das pessoas que participaram da pesquisa apresentaram níveis elevados de contaminação.
A Hatukara alerta que a comunidade Aracaça também está próxima à região de Palimiu, onde em maio do ano passado ocorreram seguidos ataques de garimpeiros armados. À época, uma criança morreu afogada tentando fugir para se proteger dos invasores.
Diante dos casos de violência, o presidente da Hutukara criticou a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o poder público pela falta de assistência às comunidades.
“A Base de Proteção Etnoambiental (Bape) da Funai, que deveria proteger o acesso ao rio Uraricoera ainda não foi reativada e garimpo continua. Essas e outras graves violações aos direitos dos povos indígenas causadas pelo garimpo ilegal em suas terras há anos vêm sendo denunciadas. Insistimos que o Estado brasileiro cumpra o seu dever constitucional e promova urgentemente a retirada dos invasores”, finalizou.
Fonte: Da Redação
Crianças de famílias de baixa renda são as mais expostas
Equipamentos também serão usados para patrulhamento aéreo e monitoramento de grandes eventos na capital
Portaria do Ministério do Turismo deu prazo de 90 dias para adequação às regras
Parlamentares tiveram uma discussão em sessão da Comissão de Assuntos Sociais por causa de um…
Dado, referente ao mês de novembro, é do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas…
Com a aprovação, o Passe Livre Estudantil poderá valer a partir de 1º de fevereiro…