À direita da ponte caída, está o barco utilizado para travessia dos moradores - Foto: Arquivo pessoal
Moradores da comunidade indígena Santa Inês, localizada no município de Amajari, relataram ao Roraima em Tempo nesta quinta-feira, 19, a precariedade que se encontra o principal meio de acesso à região. Segundo Luciano, liderança indígena, a ponte que dá acesso à Santa Inês está caída há mais de três anos.
De acordo com Luciano, desde 2021 a ponte apresentava os primeiros sinas de fragilidade. Até que em certo momento, colapsou por completo, dificultando o acesso da população no deslocamento para sair da comunidade, ir até a Vila Brasil, e posteriormente para a capital.
Desde então, o líder da comunidade cobra às autoridades para a manutenção da ponte. No entanto, sempre sem respostas.
“Nós cobramos do Governo de Roraima a nossa ponte, e nada foi feito. Eu como liderança da comunidade, eu fico indignado. Porque a gente cobra, cobra e chegando a eleição e nada é feito. E quando esses políticos querem se eleger, vão lá pedir voto. E já começou a chegar deputado na comunidade”, explicou Luciano.
A queda da ponte prejudica não só a locomoção dos moradores da comunidade, mas também o desenvolvimento escolar das crianças. O líder comenta que ao longo dos anos, alunos da comunidade enfrentam dificuldades para receber aulas devido à dificuldade de travessia.
“Os alunos que estudam na comunidade Leão de Ouro precisam dessa ponte para poder fazer a travessia do rio. E aí a travessia está sendo de canoa. Às vezes os alunos faltam prar não correr risco, porque não tem bote coisas pra poder estar auxiliando os alunos”, contou o líder.
Outra dificuldade que moradores da região enfrentam, é em relação ao acesso à saúde. Conforme o relato do tuxaua, a unidade básica de saúde da comunidade teve de ser remanejada para a cabeceira do outro lado do rio Ereu em instalações improvisadas, em razão dos agentes da saúde não terem acesso aos moradores.
“O atendimento médico que seria lá no centro da comunidade, tá sendo na cabeceira da ponte, na casa de uma senhora. E aí, a Sesai não está liberando que os agentes de saúde fossem até o centro da comunidade por falta de bote, não querem correr riscos”, disse a liderança.
Cansado de esperar e de receber apenas promessas políticas, Luciano desabafa e cobra por medidas efetivas.
“Eu não quero que o político chegue aqui de mão vazia. O que eu quero é uma solução pra comunidade, trazer uma resposta pra comunidade. Eu quero uma resposta quanto às autoridades. Porque a gente já cansou de ficar isolado, é a última comunidade da região lá no município de Amarjari. E é uma comunidade isolada, totalmente isolada, realmente”
O Roraima em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura (Seinf) para posicionamento. Por meio de nota, a Seinf informou que a ponte será reconstruída assim que as águas do rio baixarem, com a chegada do fim do inverno.
Além disso, alegou que essa medida é necessária, pois a ponte tem como base de sua fundação sapatas de concreto e, devido às chuvas, neste período o rio está cheio, não permitindo a concretagem dessas estruturas.
No entanto, em outra denúncia realizada em setembro de 2024, a Secretaria de Infraestrutura (Seinf) informou que a ponte em Amajari estava incluída na lista de demandas a serem atendidas pelo Governo do Estado desde agosto do mesmo ano. E que a previsão de reconstrução da ponte seria em setembro. Já desta vez, a Pasta afirmou que o projeto para a construção da ponte necessitou passar por reavaliação da equipe técnica e o projeto se encontra concluído novamente.
Contudo, até agora, o projeto ainda não saiu do papel.
Fonte: Da Redação
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