A Prefeitura de Boa Vista entregou na manhã desta segunda-feira (18) a segunda Casa de Farinha Móvel, na região do Murupu. O equipamento deve fortalecer ainda mais a agricultura familiar nas comunidades indígenas da Serra do Truaru, Morcego, Serra da Moça e Truaru da Cabeceira.
Nesse sentido, o Deputado Federal Édio Lopes, é o responsável de conceder a nova ferramenta, por meio de emenda parlamentar. Cada Casa de Farinha Móvel, custou R$ 155.070,00. Com a entrega da segunda casa, os investimentos chegam a mais de R$ 310 mil.
Os equipamentos e o forno são automatizados, gerados a diesel. Essa nova tecnologia, possibilitará uma produção mais rápida, ao contrário do processo manual, realizado pelos indígenas. Dessa forma, os produtores receberão também, uma capacitação técnica para o manuseio do aparelho.
Agilidade e produção da farinha
De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), Guilherme Adjuto, a farinha faz parte da cultura indígena e por isso a Prefeitura tem investido na agilidade e processo da produção desse alimento.
“A gente sabe que a farinha é uma das culturas de referência para as comunidades indígenas. O processo ocorre de maneira manual, normalmente demorado. Agora com essa casa de farinha o objetivo é diminuir esse tempo. Que a gente possa ter a farinha processada em menos tempo e com isso ganhar capacidade produtiva aqui dentro das comunidades“, disse.
Do mesmo modo, o Tuxaua Alexsandro Carlos das Chagas, destaca que com o novo equipamento, a mão de obra e o tempo diminuem, favorecendo assim, a produção de outros alimentos.
“No processo atual que usamanos, que é manual, a gente precisa de 12 a 15 pessoas para produzir a farinha. Então, com essa máquina, agiliza o processo, sobra tempo e mão de obra, que devem realizar outras atividades, como a produção de banana, pimenta e molhar as lavouras”, destacou.
Como funciona o equipamento
A Casa da farinha móvel é uma tecnologia simples e eficaz de fácil utilização, sob sistema de deslocamento em reboque para ser puxado por um veículo.
Além disso, com o equipamento, os produtores conseguem processar até 1 tonelada de mandioca por dia. Dimunuindo ainda a quantidade de pessoas na produção, precisando apenas de duas pessoas para realizar todas as etapas.
As etapas vão do descascamento da mandioca de forma automática com o ralador elétrico, prensa com cesto manual, ralador automático e forno de torrar da farinha mecânico, bem como o sistema de paletas e mexedor de farinha.
1ª Casa de Farinha Móvel
Em junho deste ano, a prefeitura entregou a primeira Casa de Farinha Móvel, na Comunidade Campo Alegre.
Dessa forma, ela atende as comunidades da região do Baixo São Marcos, que são: Aakan, Bom Jesus, Campo Alegre, Ilha, Darôra, Lago Grande, Mauixi, Milho, Reino de Deus, São Marcos, Três Irmãos, Vista Alegre e Vista Nova.
Por Ian Vitor Freitas