O Festival do Beijú volta a ocorrer após dos dois anos em sua XI edição entre os dias 1º e 3 de dezembro na comunidade indígena Tabalascada, em Serra da Lua, no Cantá.
A programação tem como objetivo o fortalecimento cultural dos povos Wapichana e Macuxi da região, bem como os vizinhos munícipes de Cantá e Boa Vista que, ao longo dos anos, frequentam e conhecem a Terra Indígena Tabalascada.
O evento conta com disputas de competições tradicionais indígenas, entre elas: arco e flecha, trançar darruana, corrida pedestre, estilingue (baladeira), dança do parichara, comer mais beijú, cabo de guerra, corrida com tora, corrida do anikê, fiar algodão, ralar mandioca, subir na bacabeira e tomar caxiri. Além disso, há ainda competições como futebol de campo masculino e futebol feminino Society.
Em todas as noites terão atrações culturais, como a escolha da rainha do Xl Festival do Beijú, apresentação de teatro e festa dançante.
História da competição
A 1ª edição do Festival do Beijú ocorreu em 2005 e foi fundado pelo secretário de Assuntos Indígenas do Cantá, Jodecildo Cruz Cadete.
Ele viu a necessidade de valorizar o beijú de mandioca, que é um dos alimentos base da alimentação dos povos indígenas de Roraima. Mas principalmente dos Macuxi e Wapichana da região Serra da Lua.
Assim, deu-se início ao Festival do Beijú em 2005 e anos posteriores até 2008. O evento foi suspenso por alguns anos. Logo depois, em 2013, Jodecildo Cruz se tornou tuxaua da comunidade Tabalascada, quando iniciou o planejamento para retomar a realização do festival. No entanto, em 31 de agosto do mesmo ano, o representante faleceu.
Dessa forma, o Festival do Beijú só foi retomado em 2014, com o tuxaua Cesar da Silva. Apenas em 2015 e 2016, respectivamente, o evento tomou um novo rumo. Ele ganhou grande repercussão. E em 2016, teve um público, nos dois últimos dias, de aproximadamente 6 mil pessoas.
Os povos indígenas da região Serra da Lua vivem em terras indígenas demarcadas em ilhas. Tendo com isso grande parte do território reduzido a pequenas porções de terras. Assim, querem manter viva as tradições e costumes que ainda restam.
Uma das finalidades é levar aos mais jovens indígenas e não indígenas o conhecimento da realidade dos povos que residem em Roraima.
Fonte: Da Redação