“O gado trouxe melhoria de vida às nossas famílias”, afirma Leandro Guilherme, que é Tuxaua da comunidade Raimundão, localizada em Alto Alegre, ao Norte de Roraima. “É muito bom ter o sustento na hora que a gente mais precisa. Por isso, o gado nos ajuda muito”, completou o líder indígena.
Na mesma comunidade, o número de gados triplicou, passando de 46 para 160. A criação de bovinos aumentou com investimento do ex-senador Romero Jucá (MDB) e do deputado federal Édio Lopes (PL).
Juntos, Jucá e Lopes investiram em um projeto de Bovinocultura Indígena. Dessa forma, conseguiram distribuir mais de 10 mil animais para todas as comunidades de Roraima.
“Hoje, os indígenas têm uma fonte de renda e uma atividade econômica. Isso é importante para que eles tenham a sua independência. E para que, acima de tudo, tenham mais qualidade de vida”.
Atualmente, este projeto é a maior iniciativa de geração de renda para os povos indígenas do país. A ação chegou a todos os municípios do Estado com comunidades indígenas.
“Com a ação, atendemos a todos os povos indígenas do Estado que criam gado. Assim, melhoramos a renda das famílias, bem como, a autonomia delas. Hoje, os nossos povos indígenas colaboram com a economia”, refletiu o presidente do MDB em Roraima.
Ainda conforme Lopes, o projeto também prioriza a melhoria da genética dos animais. Pois assim, as comunidades gastam menos e ainda obtêm melhores resultados.
“Com esses animais, temos um novo rebanho mais resistente e que se desenvolve melhor em Roraima”, afirmou o deputado federal.
O projeto
No Sul de Roraima, os Wai- Wai, que moram entre os municípios de Baliza e São Luiz, ganharam 100 animais. Da mesma forma, o projeto chegou ao Uiramutã, na Região Norte, que tem mais de 80% dos indígenas que vivem no estado.
Segundo o líder comunitário e ex-prefeito do município, Manuel Araújo, o Dedel, a qualidade do projeto trouxe mais renda para todos.
“Esse projeto ficou na memória dos nossos povos. Porque todas as organizações se envolveram e assim, fizeram a divisão do projeto. Então, o gado chegou para todas as comunidades”.
A fim de obter mais resultados, a Funai deu apoio técnico ao projeto por um ano. Nesse período, o objetivo era multiplicar o rebanho. Por isso, nenhum animal podia ser vendido ou abatido.
Para além disso, as comunidades ganharam os insumos e as vacinas para cuidar da saúde dos animais nesta fase inicial. O kit tinha as seringas, as agulhas, os medicamentos e até o arame para montar os currais.
Segundo os dados da Agência de Defesa Animal de Roraima, a ADERR, o Estado tem mais de 50 mil cabeças de gado apenas com os indígenas.
Fonte: Da Redação