Governo assina dois novos contratos para manutenção predial na Seed

Empresas foram contratadas por R$ 8,6 milhões; em janeiro deste ano, a Seed já havia contratado as duas firmas por R$ 36.313.492,54

Governo assina dois novos contratos para manutenção predial na Seed
Fachada da Seed – Foto Gabriel Cavalcante/Roraima em Tempo

O Governo de Roraima assinou dois novos contratos para manutenção predial na Secretaria de Estado de Educação (Seed). A publicação do último deles, com a empresa União Comércio e Serviços, está no Diário Oficial do dia 7 de junho.

O Estado vai pagar R$ 4.897.077,00 à empresa e o contrato tem validade de 12 meses. A outra contratação ocorreu em abril, mas com a empresa Haiplan Construções Comércio e Serviços Ltda. no valor de R$ 3.756.745,224.

Em janeiro deste ano, o Governo já havia contratado as duas empresas para a mesma finalidade. O valor total da contratação foi de R$ 36.313.492,54.

Desse modo, a União Comércio e Serviços ficou com a maior parte da quantia, assinando um contrato R$20.933.165,28. Por outro lado, a Haiplan Construções Comércio e Serviços Ltda. ficou com R$ 15.380.327,26.

A Seed afirmou que as empresas compõem uma Ata de Registro de Preço gerenciada pela Secretaria. e que a referida Ata foi contratada parcialmente no início deste ano, tendo o saldo remanescente, posteriormente contratado conforme necessidade da administração pública estadual.

União Comércio

A empresa União Comércio é registrada no nome dos sócios administradores Antônia Pereira de Araújo e Gilmar Pereira de Araújo. Eles são parentes do senador Mecias de Jesus (Republicanos).

De acordo com uma denúncia enviada à redação, os irmãos Gilmar e Antônia mantêm uma vida muito simples, que não condiz com os valores recebidos pela empresa. A sócia, inclusive, residia em uma casa simples no bairro Cambará, em Boa Vista.

Conforme pesquisas feitas no Diário Oficial do Estado, a empresa pode ter recebido mais de R$ 100 milhões entre 2014 e 2020 do Governo.

Investigadas

União acabou sendo investigada na CPI da Saúde, iniciada em 2019. É que ela já tinha contrato firmado para limpeza da maternidade desde 2016.

No entanto, em uma publicação no Diário Oficial do dia 30 de abril de 2020, constava um termo aditivo que permitia que a firma recebesse mais R$ 5 milhões para realizar o mesmo serviço. Além disso, a investigação do contrato contribuiu para um pedido de impeachment do governador Antonio Denarium (PP).

Já a Haiplan Construções Comércio e Serviços Ltda também foi uma das 13 empresas investigadas na CPI da Saúde, que pediu o indiciamento de 65 pessoas.

A Comissão analisou mais de 40 contratos formalizados na Sesau. Inclusive, alguns realizados durante a pandemia. O documento apontou irregularidades em aquisição de álcool em gel, assim como de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Fonte: Da Redação

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