O Governo Federal por meio do Ministério da Educação (MEC), anunciou nesta segunda-feira, (6), de maio, a retomada das obras de 118 escolas indígenas e quilombolas que estavam paralisadas.
Para isso, houve acordo de cooperação com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), no valor de R$ 195 milhões, que terá duração de 48 meses e prevê a realização de atividades em 14 estados da federação.
O ministro de Estado de Educação, Camilo Santana, disse que o MEC tem trabalhado para retomar todas as obras de educação básica e defendeu a importância da integração entre as pastas.
“Com o acordo, vai ocorrer a retomar de construções que estavam paradas há cinco, seis, até 10 anos. Esta é uma ação inédita, que faz parte de um conjunto de atividades, pelo qual estamos, cada vez mais, buscando integrar os ministérios para garantir uma educação com mais qualidade e inclusão, que dá oportunidades às comunidades tradicionais”, declarou.
Dessa forma, a implementação do acordo deve começar ainda em maio. Para isso, terá o Comitê de Acompanhamento, com integrantes dos três ministérios e do FNDE. Além de outros entes.
“Estamos em um momento de retomada dessas obras nas escolas. Para nós, isso significa o fortalecimento da educação básica indígena”, anunciou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. “Isso levará os povos indígenas para o ensino superior e também é uma forma de combater o racismo e reduzir as desigualdades.”
Assim, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o resgate dessas escolas representa também a retomada dos sonhos.
“Esse acordo marca a transversalidade e o nosso compromisso com a educação básica dos povos tradicionais. Além disso, existe uma grande defasagem entre os estudantes negros e não negros. Não estamos falando só da volta dos espaços físicos de aprendizagem. Mas também da conquista dessas populações, que vão poder sonhar com um futuro melhor de novo”, completou.
Por fim, o diretor e representante do Unops no Brasil, Fernando Barbieri, disse que o objetivo é fortalecer o sistema de gestão de infraestrutura.
“A ideia é aprimorar o contexto e o ambiente de gerenciamento de projetos do governo brasileiro. O acordo vai trabalhar na capacidade do FNDE de gerir infraestruturas escolares e no aperfeiçoamento das competências específicas para o atendimento às populações”, afirmou.
Fonte: Da Redação
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