Jovens com educação profissional e técnica têm mais oportunidades de evolução na carreira em relação a quem concluiu apenas o ensino médio.
A pesquisa “Inclusão produtiva de jovens com Ensino Médio e Técnico: experiências de quem contrata”, divulgada nessa terça-feira (15) tem como objetivo entender a percepção das empresas no Brasil sobre a contratação de egressos do ensino médio e técnico-profissional.
Conforme o mapeamento que contatou 800 empresas, 42% informaram que os jovens com formação técnica permanecem no trabalho e evoluem de cargo. Além disso, 61% delas têm algum gestor que entrou na empresa como um jovem com formação técnica no ensino médio.
Por outro lado, o estudo mostra que, apesar da perspectiva positiva no mundo do trabalho para os jovens com ensino técnico, a contratação desses profissionais ainda é um desafio para quatro em cada dez empresas.
A falta de qualificações técnicas e de experiência é apontada pelas empresas como a principal dificuldade para a contratação desses jovens. Nesse quesito, seis em cada dez empresas dizem que ter feito curso técnico é um diferencial para selecionar um jovem funcionário.
Ainda conforme a apuração, metade dos jovens com nível médio completo trabalham com comércio ou serviços de menor valor agregado. A pesquisa aponta ainda que o ensino médio aumenta a inserção de jovens em áreas como de tecnologia.
Para chegar aos jovens, 45% das empresas entrevistadas afirmam que preferem as “indicações” e 22% os “sites de vagas”.
Série Educação Profissional e Tecnológica
O Plano CDE desenvolveu a pesquisa a partir da iniciativa de organizações como Fundação Roberto Marinho, Itaú Educação e Trabalho e Fundação Arymax.
Essa pesquisa faz parte de uma série de três estudos sobre a Educação Profissional e Tecnológica (EPT), com o objetivo de colaborar com a definição de estratégias efetivas para a expansão do ensino técnico no Brasil.
Segundo a superintendente da Fundação Arymax, Vivianne Naigeborin, um dos principais desafios na inclusão produtiva de jovens é a desconexão entre as formações oferecidas e a necessidade real de empresas que buscam contratar profissionais. Além disso, ela destacou a importância do mapeamento.
“Esse estudo traz informações valiosas sobre aspectos aos quais devemos estar atentos na preparação de jovens para o ingresso no mercado de trabalho. Reforça a importância de valorizarmos o ensino técnico como caminho promissor para solucionar os desafios de exclusão econômica que enfrentamos no Brasil”, disse.
A primeira pesquisa mostra a percepção dos jovens em relação ao ensino técnico. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) produziu o segundo estudo que mostrou os desafios para o Brasil poder expandir a oferta da EPT e tornar mais relevante para os jovens e para o mercado de trabalho.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil