Precariedade em estrutura de duas escolas em São João da Baliza é alvo de novas denúncias: ‘não tem portas e nem banheiro’

Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo já comporta os alunos da Escola Estadual Henrique Dias há um ano; conforme denunciante professores precisam comprar materiais com o próprio dinheiro

Precariedade em estrutura de duas escolas em São João da Baliza é alvo de novas denúncias: ‘não tem portas e nem banheiro’
Escolas estaduais no município de São João da Baliza/Reprodução

Um servidor da Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo localizada no município de São João da Baliza, interior de Roraima, entrou em contato com a reportagem nesta quarta-feira (19) e relatou que a instituição continua em péssimas condições de abrigar os alunos.

Há um ano, a unidade comporta também, alunos remanejados da Escola Estadual Henrique Dias. Logo, os servidores cobram reformas.

De acordo com o funcionário, que não quis se identificar, a Escola Francisco Ricardo Macedo funciona com apenas os servidores da unidade. Enquanto os servidores da Henrique Dias estão dispensados, ocasionando assim, uma sobrecarga nos funcionários.

“A gente não aguenta, só a gente trabalhando. Os outros estão acomodados. Todos os alunos da Henrique Dias foram realocados para nossa escola. E os professores e demais funcionários ficam sobrecarregados”, disse.

Dessa forma, o servidor ressaltou ainda que tem medo de represálias, pois a diretora da escola Henrique Dias é “apadrinhada” do deputado estadual Marcelo Cabral (Cidadania).

“Ela bate no peito e fala que é apadrinhada do deputado Marcelo Cabral e ninguém mexe com ela. A filha dela também é contratada para fazer serviços gerais na escola, mas nunca aparece lá. É um desvio de função muito grande, a filha dela fica só na secretaria. Então a diretora tirou também o quadro de servidores que eram para trabalhar na escola Francisco Ricardo Macedo também”, ressaltou.

Falta de estrutura na escola

Nesse sentido, os servidores informaram que a situação da estrutura da escola é péssima. O servidor afirmou que os professores precisam tirar dinheiro do próprio bolso para manter a unidade funcionando.

“Um ano já que a escola funciona com duas escolas no mesmo lugar. Depois da pandemia, a escola não teve condições de funcionar. Não tem portas, não tem banheiro, temos que usar os banheiro das casas que ficam na frente da escola. Muitas vezes os professores precisam tirar dinheiro do bolso para manter os matérias e até internet”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com o Governo de Roraima para posicionamento sobre o caso. Por meio de nota, a secretaria de Educação disse que o local não recebe reforma há dez anos e que a licitação para reforma está sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura. Do mesmo modo, sobre a denúncia envolvendo a filha da gestora, disse que ela trabalhava em uma empresa terceirizada que prestava serviço à escola, no entanto, já foi demitida e está cumprindo aviso prévio.

Relembre

Em abril do ano passado, uma denúncia enviada ao Roraima em Tempo revelou que os alunos matriculados na Escola Estadual Henrique Dias, haviam sido realocados para a Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo, no entanto, o prédio também já se encontrava em péssimas condições para receber estudantes.

No dia da denúncia, um pai havia dito que escola com a estimativa de 360 alunos matriculados necessitava o quanto antes de uma reforma.

Todos os alunos matriculados nessa escola, estão compartilhando um espaço que também se encontra em péssimas condições físicas […] Agora imagine, duas escolas dentro de uma totalmente precária. Qual a qualidade desse ensino?”

Leia mais aqui:

Fonte: Da Redação

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