A professora da rede estadual Ednalva Nascimento denunciou que os seguranças da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) proibiram manifestações nesta terça-feira (15). A data marca a abertura do ano legislativo.
Conforme Nascimento, a ordem partiu do presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (PCdoB). A restrição ocorre a fim de silenciar um grupo de professores que está na casa para cobrar reposição salarial dos parlamentares e do governador Antonio Denarium (PP).
“Que postura é essa do presidente dessa Casa que autoriza esse tipo de coisa? Como cidadãos temos deveres, mas também temos direitos”, reclamou Nascimento.
Ainda segundo a professora, a Casa proibiu manifestações com cartazes, gestos e até mesmo com falas de protesto.
Procurada, a ALE-RR disse que a atual mesa diretora “preza pela democracia e liberdade de expressão”. Apesar disso, também afirmou que o regimento permite apenas “manifestações silenciosas” dentro das galerias.
Ainda conforme a Casa, os seguranças devem informar sobre às normas regimentais aos presentes. Além disso, também afirmou que “qualquer pessoa que sentir tolida no seu direito, pode procurar o Gabinete Militar”.
LOA sem reajuste para professores
O governo de Roraima chegou a dar 11% de reposição à todos os servidores estaduais. No entanto, Conforme o deputado Evangelista Siqueira (PT), que tem como base profissionais da educação, os salários estão defasados em 36%.
Sem o reajuste para professores, a Lei Orçamentária (LOA) de 2022 prevê R$ 397.368.263 para a Secretaria de Educação e Desporto (Seed).
Além do mais R$ 638.381.729 para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Contudo, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) chamou os profissionais para uma assembleia geral e ameaça greve para o mês de março.
Fonte: Da Redação