As professoras Rosiane do Socorro Lima e Ednalva Nascimento Costa e Silva questionaram nesta segunda-feira (28), a falta de apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter) após a proposta de reajuste de 10% oferecida pelo Governo de Roraima.
De acordo com as professoras, o sindicato decidiu em assembleia na última quinta-feira (24) que a partir de hoje dia 28, a categoria estaria em mobilização devido a proposta do reajuste salarial apresentada aos profissionais.
Assim, marcaram de realizar um movimento em frente à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE) na manhã de hoje. Entretanto, ao chegarem lá, não encontraram nenhuma estrutura do Sinter.
“Hoje quando chegamos na praça, não havia nenhuma estrutura do nosso sindicato. Não havia nenhum técnico educacional junto à diretoria para se responsabilizar do compromisso assumido em assembleia”, disse Ednalva.
‘Manobras’
As profissionais disseram acreditar que esteja ocorrendo ‘manobras’ do governo, uma vez que a diretoria do sindicato deveria agir pelos interesses dos trabalhadores em educação.
“Nós acreditamos que está havendo uma manobra política bem clara. Como é que o sindicato, que tem toda a autoria de defender o direito do trabalhador, não se posiciona contra o governo? Não leva uma contraproposta sabendo que os nossos danos salariais chegam a 50%? […] o professor espera que o sindicato tome a frente do movimento. Espera que o sindicato assuma sua posição de diretores que estão na defesa da educação contra o governo para garantir o direito do trabalhador”, pontuou Edinalva.
Um vídeo que circula nas redes sociais, mostra um grupo de professores cobrando da diretoria do sindicato posicionamento referente a mobilização que deveria ter ocorrido na manhã de hoje, dia 28. No entanto, a diretora-geral do Sinter, Josefa Matos diz aos professores que não foi levantado em assembleia a mobilização na praça.
Nova assembleia
Dessa forma, as professoras cobram que o Sinter convoque uma nova assembleia para que a categoria decida se aceitam ou não a proposta do governo. Além disso, citam o encontro com o governador Antonio Denarium (PP) onde apresentaram a proposta da categoria de uma reposição salarial de 25%.
“A proposta do Sindicato para o governo semana retrasada, quando nós encontramos com o governador, era de 25%, ou seja, a metade do que nós tínhamos direito. Ele levou para estudar e veio com esse retorno de 10%. Tem que ser feito uma nova assembleia para que a categoria decida se aceita ou não esses 10%”, disse Rosiane.
Entenda
Em dezembro do ano passado professores estiveram na Assembleia Legislativa de Roraima e prometiam entrar em greve caso o reajuste salarial não fosse feito. O pedido ocorria em meio a pauta da Lei Orçamentária Anual (LOA) que tramitava na Casa.
A LOA foi aprovada e os servidores reivindicaram o reajuste em frente ao Palácio do Governo.
Durante os protestos, o chefe da Casa Civil Flamarion Portela, ouviu os sindicalistas e pediu no entanto, um prazo até o começo de janeiro para conceder os reajustes aos professores.
No dia 9 de março a categoria paralisou as atividades e cobrou novamente posicionamento do governo sobre as questões referentes a reposição salarial.
Já na última quinta-feira, dia 24, os profissionais se reuniram novamente com os profissionais para discutir as propostas já debatidas em reuniões com o Governo de Roraima sobre a reposição salarial da categoria.
Citados
A reportagem entrou em contato com o governo de Roraima e com o Sinter para posicionamento e aguarda resposta.
Fonte: Rádio 93FM