Professores aprovados no concurso da Secretaria de Estado da Educação (Seed) se reuniram com o secretário Raimundo Nonato Mesquita na manhã desta quarta-feira (8) para cobrar a convocação do cadastro reserva.
A reunião havia sido marcada para ocorrer na semana passada, mas foi reagendada para hoje (8). Conforme o professor Isaac Dantas, um dos representantes da Comissão do Cadastro Reserva, Nonato não estava disposto a recebê-los.
“Nitidamente, ele não estava com boa vontade de nos receber. Não é à toa que ele falou ‘nem vou ligar o ar-condicionado que é para vocês não sentarem'”, disse.
Atualmente, há 958 profissionais aguardando a convocação. Segundo o representante, o governo renovou o contrato de professores temporários que fazem parte do Processo Seletivo Simplificado ao invés de chamar docentes do cadastro reserva.
“A gente entende que algumas disciplinas realmente é necessário convocar, mas em um seletivo que esteja de forma correta, porque esse que está vigente, está de forma ilegal, porque ele já venceu o prazo dele. Ele era de seis meses, prorrogado por mais seis. E aí venceu e deram mais um aditivo no contrato dessas pessoas”, explicou.
Com isso, o secretário acordou uma nova reunião para o dia 14, onde será entregue uma planilha que detalha sobre o número de vagas e horas disponíveis.
“Só que a gente sabe que a planilha vai ser mostrada conforme o que eles querem que a gente veja, não é? Os dados e as informações”, falou.
Logo depois do fim da reunião, os docentes se deslocaram para o Ministério Público (MP) para saber o andamento da ação civil movida contra o Governo do Estado.
“Sexta-feira passada era para a Secretaria responder e não foi respondido. Então, vai dar um novo prazo lá para o secretário. No caso, ele vai ter que responder o documento presencialmente”, contou.
Ainda de acordo com Isaac, após 14 anos sem concurso público, é impossível que 650 vagas para professores supra a necessidade do estado.
“Acabamos de ouvir uma denúncia aqui na rádio de pai reclamando que desde o primeiro bimestre não tem professor de matemática. Então assim, não dá para entender. Será que o pai está mentindo ou a gente que está inventando?”, indagou.
O Roraima em Tempo recebe, constantemente, denúncias sobre a falta de professores na rede estadual de educação.
Em fevereiro, o pai de um aluno da Escola Estadual Monteiro Lobato, em Boa Vista, denunciou a falta de cinco professores na unidade. Conforme ele, os estudantes estavam sem aula de matemática, português, química, física e biologia.
Do mesmo modo, em abril, estudantes do colégio militarizado professora Wanda David Aguiar, localizada na capital, denunciaram que os alunos do 8º ano não estavam tendo aulas de português e nem de ciências.
Já em maio, a mãe de um aluno também denunciou a situação na Escola Estadual Alcides Miguel, localizada na Vila Novo Progresso, região do Taboca, no Cantá.
De acordo ela, apenas três professores atendiam as turmas do 5º ao 9º ano. Com a falta dos profissionais, as turmas do 5º e 6º ano estudavam na mesma sala, assim como as do 7º ao 9º ano.
A reportagem entrou em contato com a Seed que por meio de nota disse que os cargos não foram preenchidos “porque os professores aprovados não preencheram os requisitos exigidos em edital, ou porque não houve candidatos aprovados.”
O governo negou que exista cadastro reserva para convocação em determinados componentes curriculares e que está convocando professores do quadro temporário para substituir professores do quadro efetivo que se encontram afastados por meio de licença.
Fonte: Da Redação
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