Um aprovado no concurso da Polícia Penal de Roraima foi ameaçado por um ex-detento que o reconheceu fora do presídio. Conforme o Boletim de Ocorrência registrado por ele nesta quinta-feira (23), o suspeito perguntou pela vítima e disse que “ele está devendo”. Em seguida, afirmou que iria atrás dele.
O homem passou pelo curso de formação e fez estágio em unidades prisionais. Assim, teve contato com os reeducandos.
Em nota, a segunda turma da Polícia Penal ressaltou que o aprovado é um “alvo sem proteção”, uma vez que ele ainda não tomou posse.
“O aluno vítima das ameaças, assim como todos os outros 222 formados que aguardam a posse para trabalhar, continuam há mais de 5 meses sendo alvos juntos às suas famílias, que escolheram combater o crime, mas que hoje o crime pode facilmente os combater”, destacou um trecho da nota.
A presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Joana Dark, disse que tomou conhecimento do caso. Ela lamentou que, mesmo com tanta necessidade, ainda há 222 policiais penais que aguardam a nomeação.
“Então nós solicitamos ao Governo do Estado que olhe por esses policiais, porque já são policiais. Ainda não estão empossados, mas já sao policiais formados. Inclusive, fizeram e cumpriram toda carga horária de estágio dentro do sistema prisional. O que os deixou muito mais vulneráveis, porque tiveram contato com os presos, porém, ainda não estão de posse do armamento”, frisou.
O Roraima em Tempo entrou em contato com o Governo do Estado. Por meio de nota, disse que houve o registro de dois boletins de ocorrência sobre o assunto e que o caso vai ser investigado. Disse ainda que a Sejuc, “tomou conhecimento do fato. Então, solicitou ao órgão de inteligência penitenciária que entrasse em contato com o ex-aluno, e assim, tentar a identificação do possível infrator.”
Em dezembro de 2022, o Conselho Penitenciário de Roraima enviou um ofício à Casa Civil do Estado e Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) para pedir a posse de policiais penais formados.
Durante uma reunião ordinária realizada no dia 6 de dezembro do mesmo ano, a Direção da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc) pediu a interferência do colegiado em razão do baixo efetivo.
Por outro lado, o Conselho Penitenciário não possui atribuição para tal. Por isso, encaminhou as informações ao Governo de Roraima.
À época, o Estado negou a informação de que há baixo efetivo na Pamc. Além disso, informou que, quando há, se dá em razão de afastamento de policiais mediante atestado médico.
Fonte: Da Redação
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