A Justiça de Roraima concedeu liberdade provisória ao policial militar (PM) Bruno Inforzato nesta sexta-feira (08). A decisão é da juiza Daniela Schirato, que acabou de assumir o caso.
O militar terá que cumprir medidas cautelares. Entre elas o uso de tornezeleira eletrônica.
“A efetividade da soltura fica condicionada a disponibilidade de tornozeleira eletrônica, considerando a tentativa recente de fuga empreendida pelo custodiado”, diz a magistrada.
Na decisão, a juíza afirma ainda que o descumprimento das medidas cautelares poderão acarretar em novo ‘decreto de prisão’.
- Proibição de aproximação e contato com as vítimas ou seus familiares, com as testemunhas e demais envolvidos nos fatos narrados no feito principal;
- Proibição de ausentar Comarca por período superior a 05 dias sem autorização judicial;
- Recolhimento domiciliar noturno de 22h às 6h, seja nos dias úteis, seja nos dias de folga;
- Afastamento da função pública pelo período de 120 dias;
- Suspensão do porte ou posse de arma de fogo.
Anteriormente, o único denunciado em liberdade era o ex-deputado Jalser Renier por gozar de imunidade parlamentar. Contudo, mesmo após perder o mandato, Renier continua livre.
Prisão do PM
Inforzato foi preso na segunda fase da Operação Pulitzer, no dia 1º de outubro de 2021. O policial disse que estava sem celular durante as investigações iniciais. Ele também não soube informar quem residia no endereço alvo da busca e apreensão.
A Justiça considera tanto um ato quanto o outro como “obstrução”, ou seja, tentativa de atrapalhar as apurações. Ele era o único preso no caso Romano os Anjos que só foi acusado pelo Ministério Público (MP) por obstrução de justiça.
Dia 18 de março, ele fugiu do Comando de Policiamento da Capital (CPC), onde estava detido. Conforme apurado pelo Roraima em Tempo, ele foi recapturado 20 minutos após a fuga. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) o localizou e o reconduziu à prisão.
A Polícia Militar (PM), responsável pela custódia do policial, informou que Inforzato tinha o benefício da remissão de pena. Ele fugiu enquanto trabalhava em função administrativa.
No dia seguinte da fuga, a PM prendeu quatro policiais suspeitos de facilitar a fuga do militar. De acordo com a PM os policiais estavam de serviço e o caso ficou a encargo da Justiça. Contudo, iria instaurar inquérito para apurar como a facilitação da fuga ocorreu. Por fim, após audiência de custódia, os policiais ficaram em liberdade.
Fonte: Da Redação