Familiares de um homem agredido com taco de sinuca procuraram a reportagem do Roraima em Tempo nesta quarta-feira (2) para denunciar a participação de um policial militar no crime que ocorreu na última segunda-feira, 31 de outubro.
De acordo com o Boletim de Ocorrência o homem jogava sinuca em um bar na avenida Rui Baraúna, no bairro União, quando um dos agressores perdeu a aposta e se recusou a pagar o valor combinado.
Então, iniciou-se uma briga, momento em que a vítima saiu correndo para sua casa que fica em frente ao bar. Os três envolvidos o seguiram e o agrediram com socos, chutes, bem como com golpes de taco de sinuca.
Veja o vídeo:
Policial militar
A vítima disse que um dos envolvidos se identificou como policial e sacou a arma enquanto os outros dois amigos agrediam o homem.
Marcos Guerra é primo da vítima. Ele lamentou, pois com a ação do policial, o homem não teve chance de defesa.
“O policial amigo dos dois compassas lá, o meu primo não teve nem chance de defesa, porque estava o tempo todo apontando a arma pra ele. Tipo: ‘fica quieto, fica quieto!’, enquanto os outros dois batiam”, afirmou.
Guerra ficou indignado com a situação e pede um posicionamento da Polícia Militar de Roraima (PMRR) sobre a participação do PM nas agressões.
Dessa forma, ele disse que o homem ficou com fratura no maxilar e cinco dentes quebrados. Ele disse ainda que irá procurar a Corregedoria da PMRR.
“O meu primo tem um laudo. Quebrou o maxilar, quebraram cinco dentes, quebraram a maçã da fase, parece que deslocou a clavícula ou deslocou também. Meu primo agora está internado no hospital. Tem três filhos. […] e agora ele vai fazer uma cirurgia na sexta-feira se tudo der certo. Estou muito indignado. A policia não pode ter esse tipo de pessoa”.
Conforme o relato da vítima, os envolvidos teriam se aproveitado da situação e subtraído a sua carteira. Assim, levaram documentos pessoais, cartões bancários e a quantia de R$ 1.800,00. É o que também diz Guerra.
“Espancaram muito ele com o taco de sinuca. O pai dele saiu na rua pra tentar acudir o filho. O policial continuou apontando a arma pra ele, que não pôde fazer nada. Foi quando tiraram o meu primo e conseguiram botar para dentro da casa. Quando botaram para dentro de casa, um dos compassas dele ainda pegou a carteira dele com documentos e a sandália e levou com ele”.
Revoltado com a situação, Guerra questiona o fato de o policial estar armado em dia de folga, bem como também bebendo em um bar.
“Se fosse o meu primo batendo no comparsa dele ele teria atirado. Ele como policial teria que ter garantido a integridade física do meu primo”.
O que diz a PMRR
A PMRR disse em nota que não compactua com desvio de conduta e repudia qualquer ato de violência. No entanto, questionada, não respondeu se já tomou conhecimento sobre o caso e que medidas tomaria.
Por fim, informou que quaisquer reclamações ou denúncias sobre policiais militares podem ser encaminhadas à Corregedoria, ou ainda para a sua Ouvidoria por meio do site, para apuração dos fatos, a fim de que medidas administrativas sejam tomadas.
Fonte: Da Redação