Foto: divulgação/ PCRR
A Polícia Civil de Roraima (PCRR) por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), concluiu nesta quarta-feira, 29, a Operação Cerco Fechado, tendo como resultado seis mandados de busca e apreensão cumpridos em Roraima e seis no Amazonas, em residências de pessoas envolvidas no apoio logístico e financeiro à fuga de quatro detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), registrada no dia 2 de setembro de 2024.
Entre os investigados, uma enfermeira, de 44 anos, identificada como sendo responsável por transportar os fugitivos da Vila Central, no Cantá, até Nova Colina, em Rorainópolis, nos dias 5 e 6 de setembro de 2024, utilizando um carro alugado exclusivamente para a ação criminosa.
Além disso, mensagens extraídas de celulares apreendidos indicam que a mulher também atuava como peça operacional do grupo criminoso, recebendo ordens de lideranças da facção, para armazenar armas, distribuir entorpecentes e repassar valores vinculados ao tráfico para contas utilizadas na lavagem de dinheiro da facção.
De acordo com a PCRR, em Boa Vista e no Cantá, os policiais apreenderam celulares com investigados já identificados pela DRACO, como sendo responsáveis por prestar suporte aos foragidos. Em Rorainópolis, localizaram um investigado que teve o aparelho celular apreendido. Contudo o segundo alvo ainda está foragido, pois havia se evadido após agredir sua companheira dias antes. No entanto, a Polícia apreendeu o celular.
A ação no Amazonas foi realizada em conjunto com a Polícia Civil daquele Estado, por meio da DRCO (Departamento de Repressão ao Crime Organizado), chefiada pelo delegado Mário Paulo e com apoio do NI (Núcleo de Inteligência) da PCRR, sob coordenação operacional do delegado de Roraima, Hugo Cardias.
Durante as diligências na Capital amazonense, quatro dos seis investigados foram localizados e tiveram aparelhos celulares e documentos apreendidos. Um deles tentou destruir o aparelho celular no momento da abordagem e foi preso em flagrante pelo crime de obstrução da investigação. As apreensões subsidiarão a continuidade dos trabalhos policiais, que irão aprofundar as linhas investigativas relacionadas ao grupo criminoso envolvido com o CV (Comando Vermelho).
De acordo com o delegado Wesley Oliveira, o inquérito policial apura a atuação da organização criminosa que operou a fuga dos quatro detentos todos integrantes do Comando Vermelho. Três deles sendo recapturados em 21 de setembro de 2024, em Santa Maria do Boiaçu, quando tentavam chegar no Amazonas. O quarto acabou sendo preso recentemente pela Secretaria de Justiça e Cidadania (SEJUC).
As investigações apontam que diversos integrantes da facção prestaram apoio aos detentos em transporte, apoio logístico em rotas de fuga, repasses financeiros, alojamentos em áreas de mata e possível fornecimento de armas e drogas.
A investigação identificou a participação de mais 14 pessoas no crime. Uma mulher investigada que reside no Amazonas, de 23 anos, alvo da operação, não foi encontrada. A investigação aponta que ela se encontra no Estado do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, a mulher divulgou várias mensagens em redes sociais lamentando a morte de um integrante da organização criminosa, que morreu durante confronto com a Polícia daquele Estado.
Conforme o delegado Wesley de Oliveira, a ação de hoje representa um passo importante no mapeamento da estrutura criminosa que apoiou a fuga dos presos.
“Essas pessoas eram associadas ou faccionadas dessa organização criminosa. Então a gente tinha desde pessoas que trabalham em órgãos públicos, que prestaram auxílio a esses foragidos, que levaram esses foragidos para outras posições para tentar ir para o estado do Amazonas. E a gente tem também faccionados do Comando Vermelho que foram fazer compras nos supermercados, foram comprar mantimentos para que esses faccionados se mantivessem na mata, que foram comprar combustível para que fosse abastecida a lancha, que eles tentaram passar por rio para o estado do Amazonas. Então todas essas pessoas que prestaram auxílio a esses faccionados na fuga, estão sendo objeto dessa operação da Polícia Civil”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Wesley de Oliveira, o objetivo da ação foi “debelar” essa estrutura que apoiava a organização criminosa.
“Durante a rota de fuga dos detentos a enfermeira acabava servindo de motorista para esses faccionados e tentou levá-los para o estado do Amazonas. Chegou inclusive até o Jundiá, na época dos fatos, mas em razão da grande quantidade de policiais mobilizados naquela barreira, ela acabou retornando e esses faccionados decidiram ir de barco pelo baixo Rio Branco na tentativa de chegar no estado do Amazonas. É uma investigação complexa, envolve o crime organizado e, importante esclarecer, que todos os foragidos foram presos”, disse o delegado.
Toda a investigação e operação são presididas pelo delegado titular da DRACO, Wesley Costa de Oliveira. Em Boa Vista a operação contou com a participação dos delegados Gianne Delgado Gomes, Matheus Fraga e Igor Silveira. No Cantá, a ação foi coordenada pela delegada Clarissa Pinheiro. Em Rorainópolis os trabalhos foram coordenados pelos delegados Bruno Gabriel Bezerra e Ricardo André Mendes.
Fonte: Da Redação
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