A Polícia Civil de Roraima (PCRR) deflagrou a segunda fase da ‘Operação Janus’ na manhã desta quinta-feira (29) e cumpriu mandados contra cinco policias militares em Boa Vista.
Policiais civis investigam um suposto confronto entre policiais militares e Elieldo Homero Magalhães. A situação teria acontecido em 15 de dezembro do ano passado, no Residencial Vila Jardim.
As investigações constataram inconsistências entre o relatório dos policiais e vídeos de câmeras de segurança. Como, por exemplo, um agente que afirmou no relatório que chegou somente depois da morte da vítima, no entanto, as imagens mostram que ele participou da ação desde o início.
“Segundo o relato dos policiais, tratava-se de um confronto. A apuração se estendeu e compreendemos que, na verdade, há elementos apontando que houve uma fraude processual, houve uma violação de regras ali que indicam que, na verdade, não houve confronto, houve uma execução”, disse o delegado da Polícia Civil, João Evangelista.
Além disso, testemunhas também relataram que a vítima estava desarmada e que já estava rendida quando foi morta.
Durante as buscas, a Civil encontrou granadas na residência de um dos policiais militares alvo da operação. Também foram apreendidas armas, munições, aparelhos celulares e dispositivos eletrônicos que passarão por perícia.
Operação Janus
Conforme a corporação, a segunda fase da Operação Janus visa apurar as circunstâncias relacionadas a intervenções policiais com o resultado morte. O delegado João Evangelista destacou que há algumas investigações que demandam análise de circunstâncias. Ou seja, em que circunstâncias ocorreram alguns confrontos policiais no ano de 2023.
“Temos alguns policiais militares presos em decorrência da Operação Janus fase 1, que foi uma outra intervenção policial. E agora nós temos essa fase 2, que diz respeito a outro fato também. Ainda temos alguns outros confrontos, de intervenções policiais sob investigação. Provavelmente teremos outras fases da mesma operação”, disse.
Dos 15 casos de confrontos com resultado em morte por intervenção de agentes de segurança, registrados no ano passado, a Civil analisa quais foram confrontos e quais se enquadram em um contexto de confronto forjado, com a intervenção policial quando, de fato, não aconteceu um confronto.
Fonte: Da Redação