Operação do Governo Federal destrói avião e trator do garimpo em área Yanomami

Objetivo é inviabilizar chegada de suprimentos aos garimpeiros

Operação do Governo Federal destrói avião e trator do garimpo em área Yanomami
Operação na Terra Yanomami – Foto: Divulgação/Ibama

O governo federal iniciou nesta semana ações para retirada do garimpo ilegal da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Equipes do Ibama, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública destruíram, nesta terça-feira (7), um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas que serviam de apoio logístico aos garimpeiros.

O trator era usado para abrir “ramais” para movimentação dos garimpeiros na floresta. Houve ainda apreensão de duas armas e três barcos com aproximadamente 5 mil litros de combustível. Com a operação, o governo quer assim inviabilizar o fornecimento de suprimentos; abertura de rotas e escoamento da produção dos garimpos na terra indígena, de acordo com o Ibama.

Em outra frente, o rio Uraricoera recebeu uma base de controle para bloquear a passagem de barcos com combustível e equipamentos (antenas de internet e geradores, por exemplo) com destino aos garimpeiros. “Voadeiras” (barcos movidos a motor) de 12 metros, que chegam a carregar uma tonelada de alimentos, levam o material. Dessa forma, todo suprimento apreendido sera usado para abastecer a base de controle.  

Destruição de pistas de pouso

Outras bases, fornecida pela Funai, serã montadas em diversos pontos da terra indígena. Além disso, form feitos sobrevoos pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama para identificar e destruir pistas de pouso clandestinas na região.

As ações não têm prazo determinado. A Advocacia-Geral da União (AGU) acompanha a fiscalização.

Na segunda-feira (6), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a transição da fase de assistência humanitária e fechamento do espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami em Roraima, para a fase policial, de caráter coercitivo contra garimpeiros e financiadores da atividade mineral. Conforme Dino, a expectativa é que, até o fim desta semana, 80% das 15 mil pessoas envolvidas com garimpo ilegal na região já tenham deixado o local.

Fonte: Agência Brasil

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