O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (PCdoB) foi convocado para depor no caso Romano dos Anjos.
A informação foi repassada pelo governador Antonio Denarium, na manhã de hoje (24). Ao Roraima em Tempo a assessoria do parlamentar confirmou a informação, e disse que ele já prestou esclarecimentos.
Denarium voltou a falar sobre a ameaça de morte recebida pelo deputado Jalser Renier (SD), em novembro do ano passado, para acabar com a força-tarefa que investiga o sequestro do jornalista Romano dos Anjos.
O governador classificou o episódio como “uma discussão”, e que o deputado foi “infeliz nas declarações”. “Não levei em consideração”, resumiu Denarium.
Além disso, ele disse não acreditar nas possíveis interferências do delegado-geral Herbert Amorim no caso e classificou as acusações em “notícias infundadas”.
O inquérito menciona que Amorim e o secretário de Segurança Pública, Edison Prola, se encontraram no ano passado.
Na ocasião, o delegado-geral e o adjunto Eduardo Weyner tentaram convencer Prola para retirar o delegado João Evangelista da coordenação do caso.
Sem êxito, a Polícia Civil diz que ele fez mudanças na força-tarefa. Contudo, Denarium falou que o caso precisa ser comprovado pelo Ministério Público.
O delegado-geral se pronunciou sobre o caso, mas disse que sabia sobre as dificuldades de exercer o cargo de chefia e não negou as acusações.
Além disso, a Polícia Civil e o Governo de Roraima argumentaram que Herbert é um “profissional exemplar”.
Criminosos sequestraram o jornalista Romano dos Anjos em outubro de 2020. Ele estava em casa quando os bandidos invadiram a residência e o levaram de casa para região rural de Boa Vista.
O apresentador foi abandonado no local com pés e mãos amarrados com fita adesiva. Contudo, conseguiu se soltar e um homem o encontrou no dia seguinte.
No último dia 16 deste mês, as Polícias Civil e Militar prenderam seis policiais envolvidos no sequestro. A maioria eram militares que ocupavam cargos na Assembleia. O Roraima em Tempo mostrou que os salários dos policiais chegavam a R$ 11 mil.
À época, Jalser Renier presidia a Casa. Nesta semana, ele usou a tribuna para se defender das acusações e afirmou que conhecia os policiais presos. No entanto, acreditava que eles não seriam capazes de cometer o crime.
Depois que os policiais foram presos temporariamente, quatro deles pediram habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Contudo, o órgão negou. As investigações sobre o caso seguem em curso.
Por Redação
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