O Roraima em Tempo recebeu uma denúncia de que o irmão de um assessor direto do presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio, desistiu do curso de formação da Polícia Militar (PMRR). No entanto, meses depois conseguiu entrar em uma nova turma que iniciou na semana passada. O aluno retornou oficialmente no dia 6 de março de 2023.
Bruno Barbosa Oliveira pediu a desistência voluntária no final de julho de 2022, mas se arrependeu e pediu para retornar no início de agosto do mesmo ano. A reportagem apurou que cerca de 20 alunos soldados também desistiram, contudo, alguns que quiseram voltar tiveram os pedidos negados administrativamente ou via Justiça.
Um deles informou ao Roraima em Tempo que devido ao cansaço, bem como a pressão do curso, não conseguiu se formar. Ele afirmou ainda que devido ao grau de estresse e às dificuldades, muitos decidem abandonar na etapa final.
“Sabíamos que iríamos encontrar dificuldades. O problema é que um dos alunos que também desistiu conseguiu voltar pela porta da frente após procurar o presidente da Assembleia, que acionou o governador Antonio Denarium e o ex-comandante coronel Francisco Xavier. Isso é injusto com os demais que também deveriam ter a mesma oportunidade”, desabafou o jovem que não quis se identificar por medo de perseguição.
Além disso, outro candidato disse que, no primeiro momento, a diretora da Academia de Polícia, a delegada Giuliana Castro, não aceitou o pedido de Bruno Barbosa para voltar. Ele afirma que somente após movimentação política é que ela recebeu ordens superiores para assim readmitir o aluno.
“Esse Bruno fala claramente que é protegido de Sampaio e que em breve estará na Polícia Militar. Ele ironizava os alunos e até os instrutores afirmando que ainda seria comandante da PM de Roraima. Passamos por situações constrangedoras e agora vemos ele de volta ao curso”, disse o jovem que deverá acionar a Justiça para pedir o mesmo direito de Bruno Barbosa.
Enquanto os demais alunos questionam a volta do apadrinhado do presidente da ALE-RR, Bruno segue no curso com a nova turma, onde a maioria são mulheres. Segundo um policial militar ouvido pela reportagem, tudo indica que a proposta é tornar o curso mais fácil para que ele consiga a formação dessa vez.
“Isso não é segredo para ninguém. Toda corporação sabe desse esquema. E agora esse aluno pegou uma turma só de mulheres e logicamente terá benefícios dentro do curso. Infelizmente a PM de Roraima se tornou uma extensão da Assembleia e do Governo. Lá, só aliados e amigos são beneficiados. O restante não tem nenhum benefício”, afirmou o militar.
O Roraima em Tempo recebeu um áudio da presidente do Sindicato dos Policiais e Bombeiros Militares de Roraima, Quésia Mendonça. De acordo com ela, o curso de soldados não seria realizado pela PM e que o Exército Brasileiro.
Em sua fala ela então confirma que os alunos não encontrariam tantas dificuldades, tendo em vista que o Exército é mais técnico. Quésia enfatizou ainda que ela não levaria agrados para a turma, como ocorre nos cursos realizados por policiais militares.
“O Exército não quer os coordenadores da PM tendo contato com vocês. Eu já havia comprado docinhos e descartáveis para todos por achar que seria na fazenda [local onde a Polícia Militar realiza os cursos]. Graças a Deus é uma grande vitória. Serão menos dias e super tranquilo. Eu queria participar como sempre participei para dar apoio. Eles são cheios de restrições e regras”, lamentou a presidente do sindicato.
A redação procurou o Governo do Estado e a ALE-RR para posicionamento e aguarda retorno.
Fonte: Da Redação
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