Política

Após protestos de classificados da PM, Nicoletti cobra convocação

O deputado federal Nicoletti (União Brasil) cobrou a convocação dos 470 classificados no concurso da Polícia Militar de Roraima (PMRR). Na ocasião, o parlamentar aproveitou para reiterar mais uma vez o seu apoio à comissão de aprovados no certame. 

Nicoletti disse que conversou com os representantes dos classificados e com o deputado estadual Jorge Everton (sem partido), que já colocou o tema em pauta na Assembleia Legislativa de Roraima (AALE-RR).

O parlamentar lembrou que ainda existem mais de 400 classificados que aguardam resposta do governo.

“Tenho lutado desde 2019 pela retomada do concurso da PMRR. Neste ano, a 1ª turma de policiais já se formou! Ainda temos mais de 400 aprovados no concurso e precisamos que todos sejam convocados”, reforçou.

Protestos dos classificados

Os classificados no concurso da PMRR de 2018 realizam protestos há quatro dias. Eles buscam o apoio da ALE-RR para conseguirem a convocação de 470 novos policiais.

Além disso, a turma que espera o chamamento, criticou as recentes propostas do governador Antonio Denarium (PP) em criar novos cargos comissionados.

É que no último dia 13 de dezembro, ele enviou dois Projetos de Lei (PLs) à Casa Legislativa que pede a criação de 119 cargos comissionados. Um dos objetivos do protesto é impedir a aprovação da pauta de comissionados na ALE-RR.

“De antemão iremos continuar na ALE-RR travando as pautas, como fizemos hoje. Nós somos classificados, então para quê criar cargos comissionados se há pessoas que estão aprovadas em todas as etapas e aptas para assumir o cargo? Por isso, continuaremos lá de segunda a segunda”, contou um dos manifestantes.

Protesto e ALE-RR

Os protestos iniciaram na última terça-feira (14) após um anúncio de Denarium, no qual apenas 240 classificados seriam chamados. Sendo 120 em janeiro e 120 seis meses depois. Assim, a turma que aguardava o chamamento iniciou o protesto na ALE-RR.

Nas redes sociais, o gestor respondeu aos candidatos que a convocação ocorre “com base na capacidade orçamentária do estado”.

Com a repercussão do caso, os deputados da ALE-RR debateram sobre a medida. Conforme Jorge Everton (sem partido), a contratação dos policiais custará em média R$ 1,5 milhão no orçamento público e relembrou que nos próximos dias a Casa deve votar o orçamento do estado.

Por outro lado, o deputado o deputado Jeferson Alves (PTB) criticou a criação dos cargos comissionados no governo.

“Vai dizer que não tem dinheiro? Se não tem dinheiro para chamar os aprovados tem dinheiro para criar cargo comissionado em plena vésperas de eleição?”, questionou.

Em seguida, Jorge Everton sugeriu que os parlamentares não votem projetos de cargos comissionados até que o governo resolva a questão do concurso.

Comissionados

Os dois PLs preveem a criação de vagas no Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), bem como na Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh). No total, por ano, todos os 119 cargos devem custar aos cofres públicos R$ 1,8 milhão.

Além dos dois projetos, em setembro Denarium criou três secretarias na estrutura estadual. Dessa forma, em uma delas, nomeou a esposa, Simone Denarium.

Logo após isso, fez um projeto para criar a Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima (Faper), neste caso o PL prevê a criação de 45 comissionados e apenas 10 cargos efetivos.

Já no mês passado, ele fez mudanças na Secretaria de Articulação Municipal (Seampu). Além de alterar o nome, aumentou o número de cargos comissionados de 35 para 133. Assim, a despesa com a pasta passa a mais de R$ 4,1 milhões apenas com pessoal.

No último dia 10 deste mês, Denarium propôs a criação de 20 cargos comissionados na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Neste caso, se aprovado, os cargos terão custo anual de R$ 1 milhão.

Por fim, o governador também enviou um PL à ALE-RR para analisar a criação do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Iater). Conforme o documento, o instituto terá 111 cargos. Dessa forma, a folha de pagamento mensal é no valor de R$348.243,09. O investimento anual em salários do novo órgão será de R$ 4,1 milhões

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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