O senador Chico Rodrigues (DEM) pediu nesta segunda-feira (25) o arquivamento do processo que investiga seu envolvimento em desvio de verbas federais da Covid-19 na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
A defesa enviou o pedido ao ministro Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF). O Roraima em Tempo teve acesso ao documento nesta terça-feira (26).
O parlamentar alega que já se passou um ano desde o dia em que a PF deflagrou a operação para busca e apreensão em sua residência.
O documento afirma ainda que as declarações dadas pelo ex-servidor da Sesau, Francisvaldo Paixão, não comprovam a participação de Chico em desvios de verbas na secretaria.
O caso
De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), Chico Rodrigues é suspeito de participar de um esquema armado para o desvio de cerca de R$ 20 milhões da Sesau.
O órgão identificou diversos indícios de superfaturamento em contratos de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e kits de teste rápido. Nesse sentido, o inquérito aponta que as contratações eram direcionadas para empresas por meio de licitações fraudulentas.
Operação Desvid-19
No dia 14 de outubro do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Desvid-19 para cumprir mandados de busca e apreensão.
Durante as buscas na residência de Chico Rodrigues, os policiais flagraram o parlamentar com R$ 33 mil na cueca. Em contrapartida, o senador afirmou que o dinheiro seria para pagamento de funcionários e que não se tratava de recursos ilícitos.
Os agentes encontraram o dinheiro após identificarem um volume na parte de trás do corpo do senador. Chico aparentava nervosismo e pediu para ir ao banheiro.
Afastado
Após o episódio, o ministro Roberto Barroso determinou o afastamento do parlamentar do cargo de senador da República. No entanto, Chico decidiu pedir afastamento e colocou o filho para assumir em seu lugar.
Além disso, o STF também o proibiu de manter qualquer tipo de contato com os outros investigados no processo. São sete nomes nas investigações, entre eles o senador Telmário Mota (Pros).
Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro o afastou do cargo de vice-líder do governo no Senado. Ele estava na função desde o início da gestão.
Por Rosi Martins