Política

Classificados da PMRR temem pela não convocação devido período eleitoral

Os classificados no concurso da Polícia Militar de Roraima (PMRR) de 2018 denunciaram, nesta terça-feira (25), que temem pela não convocação de todos os 470 aprovados no certame.

Isto porque na tarde de ontem (24), durante o início do curso de formação de soldados da PMRR, o governador de Roraima Antonio Denarium (PP) prometeu finalizar o chamamento em dezembro de 2022 (Confira o vídeo).

Contudo, conforme a Lei 9.504/1997, o governo fica proibido, a partir dos três meses que antecedem o pleito eleitoral, a fazer nomeações de agentes públicos. Dessa forma, os candidatos estimam que uma parte deles não vão assumir a função.

Por conta disso, um dos classificados que preferiu não se identificar, avaliou que o governador está usando os classificados como “massa de manobra”, já que não acompanha as datas do curso de formação. A previsão é que uma turma seja convocada em julho e outra em dezembro, a primeira foi convocada neste mês.

“Não estamos vendo motivos para dividir em três turmas, pois ele alegava que não tinha dinheiro, nós conseguimos, fomos lá na luta lá na Assembleia e a verba foi realocada, saiu na LOA [Lei Orçamentário Anual] e tudo. Então, essa desculpa o governador já não tem mais!”, disse.

Em nota, o Governo de Roraima afirmou que em 2022 vai convocar duas turmas, porém não detalhou quantos profissionais irão assumir os cargos. “Informa ainda que outras duas turmas já foram convocadas e uma iniciou o curso de formação nesta segunda-feira, dia 24, com duração de 180 dias”.

Protesto de classificados

Os classificados pedem pela nomeação desde dezembro de 2021. Após uma onda de protestos, a classe conseguiu na Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) uma verba para garantir a contratação dos novos policiais.

Os protestos iniciaram no dia 14 de dezembro, quando Denarium anunciou que 240 classificados tomariam posse. Sendo 120 em janeiro e 120 seis meses depois. Caso não tenham apoio dos deputados estaduais, eles já estimam uma nova onda de protestos.

“Vamos ter que cair em campo para reverter esse quadro, para que as pessoas não percam esse concurso, pois há um prazo de validade. O que deixa a gente mais triste é porque há uma necessidade de efetivo, só basta o querer político”, relatou.

Fonte: Da Redação

Samantha Rufino

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