Conselho de Ética do Senado abre processo contra Chico Rodrigues

Senador foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca em outubro de 2020, durante a Operação Desvid-19

Conselho de Ética do Senado abre processo contra Chico Rodrigues
Senador Chico Rodrigues: Jane de Araújo/Agência Senado

O Conselho de Ética do Senado abriu nesta quarta-feira (14) processo disciplinar contra Chico Rodrigues (PSB-RR). O senador é conhecido por ter sido flagrado pela Polícia Federal (PF) com R$ 33 mil na cueca em 2020, durante a Operação Desvid-19.

Os partidos Rede e Cidadania protocolaram a representação. As legendas pedem a cassação do mandato do parlamentar.

A denúncia ocorreu no mês de outubro de 2020, poucos dias depois da Operação Desvid-19, que investigou Chico Rodrigues por suspeita de desvio de recursos destinados ao enfrentamento da pandemia em Roraima.

Representação no Senado contra Chico Rodrigues

Na representação, os partidos Rede e Cidadania classificaram o caso como vergonhoso para o Parlamento. Conforme o documento, há fortes indícios de participação do senador em fraudes na compra de kits de teste rápido de Covid-19. Da mesma forma, ele cita ainda indícios de que o parlamentar utilizou da influência política para favorecer a contratação de empresas com as quais ele tinha ligação.

Toda a investigação iniciou após uma denúncia realizada por um servidor da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que ocupava o cargo na Coordenação-Geral de Urgência e Emergência no início de 2020.

De acordo com o depoimento prestado à Polícia Federal, o funcionário relatou que Chico era responsável pela exoneração e nomeação de secretários estaduais da Saúde. Além disso, ele determinava a renovação de contratos administrativos sem licitação e liberava a realização de pagamentos a empresas vinculadas a ele.

Diante do caso, as legendas então afirmam na representação que é evidente que o senador Chico Rodrigues quebrou o decoro parlamentar. A afirmação se baseia na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que afastou o senador do cargo um dia depois da operação.

Portanto, os partidos defendem que o Senado também pode e deve punir o parlamentar. Inicialmente, o documento pede a perda definitiva do mandato. Caso contrário, que seja determinada a perda temporária do exercício.

Fonte: Da Redação

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