Deputado denuncia nova exigência de documentos feita pela Femarh

Conforme Dhiego Coelho, pequenos produtores serão prejudicados, pois obtenção dos documentos custa cerca de R$ 300 mil

Deputado denuncia nova exigência de documentos feita pela Femarh
Conforme o parlamentar, a lei existe há nos, mas só agora a Femarh resolveu aplicar – Foto: Reprodução/Redes Sociais/ALE-RR

O deputado Dhiego Coelho (PTC) denunciou na manhã desta terça-feira (15), que a Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) passou a exigir dos produtores um documento que pode prejudicar grande parte do agronegócio de Roraima.

Trata-se do EIA/Rima que é o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental. O documento é exigido para exploração acima de mil hectares.

Conforme o parlamentar, a nova exigência prejudica, sobretudo, os pequenos produtores. Pois a realização do estudo custa cerca de R$ 300 mil.

Dhiego Coelho afirmou que a Femarh exigiu o EIA/Rima de um empresário local. Contudo, essa é a primeira vez que o órgão aplica essa regra. Anteriormente, a Fundação não exigia os documentos antes de emitir licenças ambientais.

Conforme ele, se a regra valer para todos, pode paralisar o agronegócio do Estado por um longo período.

“A partir de agora, todos  os produtores agropecuários do nosso estado podem ser obrigados a fazer EIA/Rima, antes mesmo de pedir licença para plantar ou criar gado”, explicou.

EIA/Rima

O EIA/Rima é um estudo e um relatório que avaliam o impacto de determinadas atividades no meio ambiente. Os órgãos ambientais utilizam esses dois documentos na emissão de licenças para atividades agropecuárias.

A Femarh deve solicitar os documentos apenas para empreendimentos acima de mil hectares.

No entanto, conforme o deputado, a Fundação exigiu o EIA/Rima de apenas um produtor. Ele então pediu fiscalização do Ministério Público (MP).

“A partir de agora o Ministério Publico pode, e pior, deve, cobrar EIA/Rima de todo produtor rural que planta mais de 1.000 hectares em fazendas continuas ou até vizinhas”, disse.

Citados

Em nota, o Governo do Estado disse que a exigência ocorre para empreendimentos potencialmente causadores de degradação ambiental ou com áreas acima de mil hectares cultivados, em concordância com a Resolução Nª01/86 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

A redação também procurou o MP e aguarda resposta.

Fonte: Da Redação

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