Familiares de uma jovem de 26 anos, com transtorno mental crônico, procuraram a Policia Civil de Roraima (PCRR) para denunciar estupro da mesma. O Roraima em Tempo teve acesso nesta quarta-feira (27), ao Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia da Mulher.
De acordo com o relato da mãe da vítima, a jovem fugiu de casa na noite do último dia 20, depois da meia-noite. A mulher levou, inclusive, o cartão de crédito do pai e realizou várias compras. A vítima retornou para casa, conforme relatou a mãe, por volta das 4h e toda suja.
Dois dias depois a mãe da jovem ficou sabendo através de um familiar que circulava nas redes sociais um vídeo em que a vítima aparece mantendo relações sexuais com um desconhecido, enquanto outra pessoa fazia a gravação.
O local onde o abuso ocorreu é um bar que fica localizado na avenida Bandeirantes, no bairro Buritis, zona Oeste de Boa Vista.
A reportagem conversou com o advogado da família da vítima, Fabrício Dias. Ele disse que precisa de celeridade nas investigações para que os responsáveis pelo crime não fujam de Boa Vista.
“Necessitamos e celeridade para evitar a evasão dos responsáveis. Inclusive estou com um requerimento aqui, que vou protocolar junto Ministério Público Estadual [MPRR], pedindo providência referente ao caso”, ressaltou.
O advogado explicou que houve uma equívoco no momento do registro do B.O. No documento a tipificação do crime está como produzir, fotografar, filmar por qualquer meio, cena de nudez ou ato sexual. Contudo, segundo ele, trata-se de crime de estupro de vulnerável.
“No Boletim de Ocorrência, a tipificação penal foi colocada de maneira equivocada. O caso, é um caso claro de estupro de vulnerável porque ela não tem discernimento nenhum dos atos e além de estar embriagada. Ela é deficiente mental, o que piora mais ainda a situação”.
De acordo com o laudo assinado por um especialista de Psiquiatria, a vítima tem transtorno mental crônico, grave e irreversível. Evolui com sintomas de tristeza, irritação, isolamento, alucinações e delírios, bem como insônia, dificuldade de concentração e aprendizado.
A Polícia Civil de Roraima informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção ao Idoso e a Pessoa com Necessidade Especial.
Ressaltou ainda que, após o recebimento do Boletim de Ocorrência, foi iniciada de imediato a investigação, com expedição de ordem de missão para que os agentes façam o levantamento de provas e a intimação dos envolvidos para realização de oitivas e apuração dos fatos, visando identificar a autoria e a materialidade do crime.
Por fim, disse que o caso está sendo tratado como prioridade por ser uma pessoa com necessidades especiais
Fonte: Da Redação
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