Movimentos sociais, sindicais, estudantis e pastorais fazem hoje (7) a 27ª edição do Grito do Excluídos. Eles se concentram na Praça Marcos Fábio Paracat, em Boa Vista.
Com o tema “Vida em primeiro lugar: na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!”. O ato tem cerca de 200 pessoas.
Eles pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), bem como o fim do garimpo em terras indígenas.
O evento ocorre em meio à manifestação pró-Bolsonaro em Roraima. Contudo, a Polícia Militar (PM) está no local para evitar conflitos entre os grupos.
“Houve a reunião com a PM para que a carreata pró-Bolsonaro não passasse pela praça. São pessoas que gostam de provocar”, diz uma das organizadoras Antônia Pedrosa.
Ela fala que eles têm o objetivo “de tentar uma desordem generalizada”. “Nossa orientação é que não caiamos em provocações”, comenta.
Além de cartazes contra Bolsonaro, eles usam faixas a favor da demarcação de terras indígenas, contra o ‘Marco Temporal’, pela vacinação contra a Covid-19, bem como em memória daqueles que morreram por causa da doença.
“A Igreja Católica puxa esse grito há 27 anos para chamar atenção para esse dia tão simbólico. Somos um movimento pacífico e estamos lutando pela democracia, pela Constituição”, diz Antônia.
O evento tem atrações musicais, culturais, artísticas e local para crianças. Líderes indígenas, feministas, LGBTQIA+ e sindicatos trabalhistas estão no evento.
O Grito dos Excluídos é feito nacionalmente desde 1995. Conforme o movimento, surgiu durante a 2ª Semana Social Brasileira da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em 1994.
De acordo com a organização, a escolha do dia 7 de setembro é uma contrapartida ao Grito da Independência, pois questiona o acesso aos direitos básicos à população vulnerável.
Por Samantha Rufino
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