Reclamação generalizada. Há mais de dois anos, o governo do Estado suspendeu o atendimento a pessoas com deficiência no Rede Cidadania, no bairro Santa Tereza, zona Oeste de Boa Vista. O prédio está em obra desde outubro de 2019.
Sem alternativa, o público então passou a recorrer aos CAP’s (Centros de Atenção Psicossocial), mas faltam medicamentos e profissionais habilitados. Ou seja, os deficientes estão completamente desamparados em Roraima.
“A falta desse atendimento prejudica muito o desenvolvimento do meu filho, deficiente físico. Ele regrediu no tratamento porque não está mais praticando exercícios. Falta estimulação também”, lamentou uma mãe, que preferiu não se identificar.
No caso de pacientes que dependem de medicação, muitos pais têm que tirar do próprio bolso para comprar remédios para os filhos. Mas só que é direito deles receberem a medicação na rede pública de Saúde.
“Não há medicamentos nos CPA’s, nem profissionais qualificados. O Governo do Estado abandonou pessoas portadoras de deficiência, infelizmente”, lamentou a mãe.
O governo alega que suspendeu o atendimento no Rede Cidadania por causa da reforma na sede. Pois as obras, que custaram R$ 3.5 milhões, começaram no dia 15 de outubro do ano passado e não têm previsão de conclusão.
A reforma começou após um acordo de cooperação técnica, assinado no dia 15 de outubro de 2019. O convênio foi firmado entre Governo de Roraima, por meio da Setrabes, Seinf, bem como UFRR.
O Rede Cidadania atendia mais de mil deficientes da capital e do interior do Estado. Dessa forma, a Setrabes é a responsável pela Atenção Especial. Contudo, desde quando o atendimento foi suspenso, os deficientes ficaram desamparados.
O descaso por parte do governo com o público deficiente começou bem antes da reforma. Anteriormente, familiares já haviam denunciado a falta de transporte e até de cloro para limpar a piscina, o que acarretou na suspensão da hidromassagem e fisioterapia.
A alimentação servida no Rede também não seria adequada para o referido público. O governo também já havia deixado de entregar o kit fardamento: camisa, calça, sunga e touca de banho.
É bom lembrar. O governador tem um filho com deficiência. Portanto, sabe o quanto é difícil. Mas parece que nem isso faz com que ele dê a atenção necessária às famílias carentes que necessitam de atendimento digno na rede pública.
“Olhe com mais carinho, governador, para essas pessoas fragilizadas, deficientes. Precisamos desse atendimento especializado e da medicação, pois não temos condições de pagar um tratamento particular”, lamentou a mãe de um deficiente.
Pior de tudo, descaso. O governo não informou quando o Rede Cidadania voltará a funcionar.
Álvares dos Anjos – cronista
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