Deputado federal e candidato ao Senado, Hiran Gonçalves (PP) já utilizou cerca de R$ 400 mil da cota parlamentar, o “cotão”, em apenas oito meses.
Conforme os dados da Transparência, os principais gastos de Hiran foram com publicidade, combustível, bem como com passagens aéreas.
A princípio, Hiran tem direito a R$ 45,6 por mês do Cotão na Câmara. Assim, ele pode escolher como vai gastar esse valor.
Desvio de verba do Cotão
O candidato virou alvo de investigação da Polícia Federal (PF) justamente por suspeita de desvio de verba da cota parlamentar. Conforme apurações da PF, Hiran e outros 28 parlamentares teriam utilizado empresas de publicidade para isso.
Sendo assim a principal a Ato Dois Propaganda e Publicidade LTDA que tem como nome fantasia Xeque Mate Comunicação e Estratégia.
A empresa formaria, em conjunto com outras identificadas pela PF, uma unidade empresarial voltada sobretudo para o desvio de verba. Para isso, utilizava empresas de fachada e ‘testas de ferro’, que possuem como sócios pessoas com padrão de vida simples.
Confira as empresas investigadas
- Atos Dois Propaganda E Publicidade Ltda (Xeque Mate Comunicação Estratégica Ltda);
- Fátima Ferreira Dos Santos Me
- Cloud Technology;
- Qualigraff Impressos Gráficos e Editora Ltda;
- KTC Impressos e Editora Ltda (Qualigraff impressos);
- KDF Gráfica e Editora Ltda;
- Ficxar Comunicação Eirelli;
- Image Public Serviços Graficos e Editora Ltda
Em junho deste ano, Hiran pediu à ministra Rosa Webber para arquivar o inquérito. Mas em maio ela já havia estendido o prazo para a PF investigar mais o caso.
Os policiais federais solicitaram documentos fiscais que comprovem o uso da cota para publicidade. No entanto os deputados e senadores investigados não enviaram. O que motivou o pedido de extensão do prazo.
Fonte: Da Redação