Política

Homem preso pela PF por ameaçar testemunha do caso de desvio de medicamentos dos Yanomami é servidor do Governo de Roraima e ex-cunhado de Cecília Lorenzon

Um dos presos pela Polícia Federal, suspeito de ameaçar testemunha do caso de desvio de medicamentos dos Yanomami, seria ex-cunhado da secretária de Saúde, Cecília Lorenzon, conforme divulgado pela imprensa nesta quarta-feira (6).

Jackson José Barros de Lima ocupa cargo na Companhia Energética de Roraima (Cerr), também comandada por Lorenzon. Ele recebe um salário de R$ 8,9 mil como chefe de divisão.

Em janeiro deste ano, a PF e a Polícia Civil de Roraima localizaram medicamentos destinados aos Yanomami dentro de uma casa abandonada em Boa Vista, além de indícios da queima de milhares de outros remédios no mesmo local.

No mês seguinte, um servidor da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) foi preso preventivamente por suspeita de participação nos crimes. Ele era proprietário do imóvel onde os medicamentos foram encontrados. Investigações indicam ainda que outros remédios teriam sido queimados em sua chácara no Cantá, interior de Roraima.

Uma testemunha colaborou na investigação da Polícia Federal e passou a ser intimidada pelos suspeitos. A vítima presenciou a contratação de um pistoleiro que viria de Rondônia para prestar apoio ao grupo.

Operação Yoasi

As suspeitas são de que os medicamentos foram escondidos após a deflagração da segunda fase da Operação Yoasi, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos federais do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), envolvendo agentes públicos e empresários.

primeira fase da operação foi deflagrada no dia 30 de novembro de 2022 e apurou esquema que deixou mais de 10 mil crianças Yanomami desassistidas, com a entrega de apenas 30% dos medicamentos adquiridos pelo Dsei-Y.

As investigações indicaram a participação de outros suspeitos nos crimes. Estes teriam realizado vultuosos aportes em empresas suspeitas com o objetivo de dar aparência de legalidade aos valores supostamente desviados.

Ainda de acordo com a PF, apenas um dos alvos da operação teria repassado R$ 4 milhões para empresa investigada. Trata-se de Roger Pimentel, preso na Operação Hipóxia, que investigou o superfaturamento de oxigênio destinado aos Yanomami.

A Operação Hipóxia também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa da então secretária de Saúde do Estado, Cecília Lorenzon. O alvo era o marido dela, Fernando Basso, proprietário de empresa investigada pela PF.

Lorezon chegou a ser afastada do cargo, mas retornou ao comando da Sesau após 14 dias afastada.

Fonte: Da Redação

Lara Muniz

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