O deputado Jalser Renier (SD) se irritou durante a sessão na Assembleia Legislativa na manhã de hoje (21).
Ele criticou o colega Nilton do Sindpol (Patri), atacou o presidente da Casa, Soldado Sampaio (PC do B), e se defendeu sobre o sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos.
Nilton usou a tribuna para comentar a Operação Pulitzer, que prendeu suspeitos de participarem do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos.
Conforme o parlamentar, está sendo uma “vergonha” que alguns dos militares presos tenham tido cargos no gabinete de Jalser, então presidente da Casa. O Roraima em Tempo mostrou que o salário de um deles era de R$ 11,3 mil.
Jalser
Em seguida, o ex-presidente se irritou e chamou Nilton de “ridículo”, “sorrateiro” e “mesquinho”, bem como vendedor de “dossiês”.
Logo depois, acusou Nilton de armar o caso para incriminá-lo. Além disso, Jalser afirmou que o parlamentar vai perder a próxima eleição.
Parte dos policiais militares presos na Operação Pulitzer trabalhava na segurança pessoal de Jalser Renier quando o crime ocorre, em outubro de 2020.
Na fala, o político defendeu os suspeitos, e disse que o caso do jornalista “é um ato covarde, de quem não tem respeito pela população”.
Por outro lado, o parlamentar não citou o nome de Romano dos Anjos. Apenas o chamou de “repórter”.
‘Armação’
Jalser afirmou que está sendo vítima de uma armação política, planejada por Nilton. Além disso, ele acrescentou que ainda não ficou comprovada a participação dele no crime.
Na fala, Jalser confirmou que convivia com os policiais, mas que eles não seriam capazes de cometer o crime. Dessa forma, voltou a enfatizar que “não faria isso”.
Caso Romano dos Anjos
O sequestro de Romano ocorreu no dia 26 de outubro do ano passado, quando ele e a esposa jantavam em casa, em Boa Vista.
Em seguida, os criminosos armados e encapuzados invadiram a residência, amarraram as vítimas, bem como as ameaçaram de morte. Logo depois, eles colocaram fogo no carro do jornalista.
Os suspeitos levaram o apresentador para a zona Rural, onde o agrediram e o abandonaram. No dia seguinte, em 27 de outubro, ele foi encontrado com diversos hematomas pelo corpo.
Desde então, uma investigação corre em segredo de justiça. Quase um ano depois, a operação prendeu sete pessoas, sendo seis militares e um ex-servidor da Assembleia Legislativa.
Além disso, as Polícias Civil e Militar e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, cumpriram 14 mandados de busca e apreensão.
Por Redação