Vaidoso e deslumbrado, o governador de Roraima Antônio Denarium (PP) surfou na onda da questão energética de Roraima nesta terça-feira (3). Dessa forma, mesmo sem ter feito absolutamente nada para a resolução do entrave do Linhão de Tucuruí, Denarium esteve em Brasília (DF) onde participou do evento do Governo Federal ao lado de parlamentares estaduais e federais.
Numa cerimônia fechada para a imprensa, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou a autorização de compensação ambiental de R$90 milhões aos Waimiri-Atroari para que o Linhão de Tucuruí seja construído ligando o Amazonas a Roraima. Por outro lado, o consórcio responsável pela licitação pagará mais R$ 43 milhões que totalizam R$133 milhões propostos pela Justiça Federal.
Atrasado desde 2015, a linha de transmissão Amazonas/Roraima foi alvo de várias ações na Justiça. Desde então já são sete anos de espera para que a obra seja iniciada. Além do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) e ONG’s, os Waimiri-Atroari não autorizaram a instalação das torres no trecho da BR-174. Do total de 715 quilômetros, 122 quilômetros passarão pela Terra Indígena.
Denarium acredita que teve participação no Linhão
Sobre as postagens do governador Denarium de que Roraima esperava a notícia há 30 anos, essa é uma mentira descabida. Ou Denarium está desinformado ou está agindo de má fé. Não havia a mínima condição do Linhão chegar a Roraima sem passar pelo Amazonas. O que aconteceu somente em 2013.
Na onda das fake news eleitoreiras, Denarium se empolgou e insinuou que as obras estão atrasadas há três décadas, sendo que ela só poderia ter sido iniciada em 2013, após a efetivação da obra no estado vizinho.
A verdade é que gostando ou não, o início das obras do Linhão de Tucuruí têm até agora uma participação efetiva do presidente Bolsonaro. Sobre Denarium, esse não consegue consertar pontes, vicinais e muito menos reformar as escolas estaduais. Ou seja, o lema do governo estadual nesse momento é: “Denarium só surfando e Bolsonaro nos ajudando”. Afinal de contas, contra fatos não há argumentos.
E aí, Denarium? O senhor dorme com a consciência tranquila?
Da Redação