‘Nada fiz de errado’, diz Jalser sobre retomada de processo de cassação na ALE-RR

Deputado é apontado pela Polícia Civil como o mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos

‘Nada fiz de errado’, diz Jalser sobre retomada de processo de cassação na ALE-RR
Jalser Renier (SD) é suspeito de ser o mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos – Foto: Divulgação/ALE-RR

O deputado Jalser Renier (SD) se pronunciou nessa quarta-feira (9) sobre a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para a retomada do processo de cassação contra ele e declarou “nada fiz de errado”.

O parlamentar é acusado de ser o mandante do sequestro e tortura contra o jornalista, e comandar a organização criminosa responsável pelo crime, que ocorreu no dia 26 de outubro de 2020.

Por meio de nota, Renier afirma que vai aguardar os desdobramentos do caso com serenidade.

“Ao final deste processo, espero que meus pares entendam que nada fiz de errado”.

Conforme o deputado, as acusações são movimentações políticas de adversários. Desse modo, ele afirma que pode ser prejudicado.

“Neste momento, os ataques desmedidos têm como alvo um único parlamentar. No futuro, se aberto o precedente, esses ataques vão enfraquecer os mandatos parlamentares como um todo, ou seja, toda Assembleia ficará ainda mais exposta a sanha punitivista de alguns mais afoitos”, finaliza.

Caso Romano dos Anjos

Bandidos invadiram a casa do jornalista Romano dos Anjos no dia 26 de outubro de 2020. O apresentador jantava com a esposa, Nattacha Vasconcelos.

Os dois foram amarrados, amordaçados e ameaçados de morte. Em seguida, os bandidos atearam fogo no veículo do casal. Romano sofreu múltiplas fraturas pelo corpo, os criminosos o abandonaram no Bom Intento, zona Rural de Boa Vista.

Operações que prederam Jalser e militares

No dia 16 de setembro de 2021, depois de quase um ano das investigações, o Ministério Público de Roraima (MP) deflagrou, juntamente com as polícias Civil e Militar a Operação Pulitzer. Na ocasião, os agentes prenderam seis policiais militares e um ex-servidor da ALE-RR.

Já no dia 1º de outubro, o MP deflagrou a segunda fase da operação e prendeu Jalser Renier. Prendeu ainda mais três militares investigados pela força-tarefa criada para elucidar o caso.

Três dias depois, os deputados estaduais se reuniram e decidiram, por unanimidade, manter a prisão do parlamentar.

Contudo, no dia 6 de outubro, o Superior Tribunal e Justiça (STJ), com a justificativa da imunidade parlamentar, concedeu liberdade a Renier, mas com uso de tornozeleira eletrônica.

Da mesma forma, no dia 26 do mesmo mês, o MP denunciou o deputado Jalser Renier (SD) por oito crimes no caso Romano dos Anjos.

Fonte: Da Redação

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