O ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF), formalizou o pedido de extradição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), nesta terça-feira, 16. O documento foi assinado pela juíza Flávia Martins de Carvalho e encaminhado ao Ministério da Justiça, onde contém a condenação de Ramagem no STF.
“O réu condenado Alexandre Rodrigues Ramagem se evadiu do distrito de culpa, havendo informações no sentido de que ele se encontra nos Estados Unidos da América”, diz trecho do documento.
Ramagem, que é ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, recebeu condenação de 16 anos de prisão por golpe de Estado.
Fuga
Em setembro, Alexandre Ramagem fugiu do país utilizando o passaporte diplomático para entrar nos Estados Unidos. E assim, para evitar o cumprimento da pena e está morando em Miami.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, confirmou nesta segunda-feira, 15, que o deputado deixou o país clandestinamente pela fronteira com a Guiana. “A rota [de fuga] parece muito clara, via Guiana, saindo clandestinamente do Brasil, não passando por nenhum ponto de fiscalização”, disse Rodrigues.
De acordo com a apuração feita pela PF, Ramagem obteve ajuda para deixar o país pela fronteira de Roraima, estado em que o parlamentar construiu carreira como delegado da própria PF.
Auxílio
Conforme a PF, o diretor Andrei Rodrigues confirmou a prisão de Celso Rodrigo Mello, filho do empresário Rodrigo Cataratas, neste sábado, 13, em Manaus, a mando de Moraes. Ele teria auxiliado Ramagem a escapar. A linha de investigação aponta que a fuga do parlamentar teria ocorrido pela fronteira com a Guiana, com suposto apoio logístico ligado ao grupo de Cataratas e ao ex-deputado Renan Filho.
Cassação
Em função da condenação, o STF determinou que a Câmara deverá declarar a perda do mandato de Ramagem. Até o momento, a Mesa Diretora não cumpriu a decisão.
Fonte: Da Redação com informações da Agência Brasil

