O senador Humberto Costa (PT) pediu à CPI da Covid que solicite à Polícia Federal cópia do inquérito sobre a atuação informal de Airton Cascavel.
Mês passado o Roraima em Tempo revelou que uma das negociações informais de Cascavel beneficiou o governo de Antonio Denarium (sem partido).
São justamente esses encontros e reuniões com representantes de prefeituras e governos que os senadores querem entender melhor.
O senador Humberto Costa sustenta, sobretudo, que a CPI mira o Ministério da Saúde e todos os agentes que trabalharam em nome da pasta.
No dia 5 de agosto, o ex-assessor falou à CPI da Covid. Entretanto, ele se minimizou e disse que atuava sem nomeação para facilitar as demandas dos gestores.
Ele trabalhou ao lado do ministro Eduardo Pazuello, de junho de 2020 a março de 2021. Mas, de abril a maio de 2020, trabalhou informalmente.
Contudo, para os senadores, a fala não acrescentou nas investigações. Por isso, o senador Humberto Costa quer o inquérito: para esclarecer alguns fatos, como a falta de oxigênio no Amazonas.
“Dada a relevância dos fatos, inclusive, outros advindos de depoimento de Airton Soglio, tem-se por essencial o conhecimento do trâmite do inquérito”, escreve.
Nesse sentido, o inquérito surge após um pedido do O Ministério Público Federal (MPF-DF). Cascavel é suspeito de usurpação de função pública (usar o cargo sem nomeação).
“Nunca houve terceirização de responsabilidades. Trabalhei na interlocução com os secretários. Foi [atuação] de diálogo permanente. Era um facilitador da burocracia pública”, disse à CPI.
Além disso, a CPI deve convocá-lo mais uma vez. Todavia, na condição ex-secretário da Saúde de Roraima.
É que depois que saiu do ministério, em março de 2021, Cascavel ganhou o cargo de secretário da Saúde no governo de Denarium.
Ele foi o quarto secretário durante a pandemia. Os senadores quererem saber sobre as compras com recursos federais no tempo em que esteve como gestor.
Cascavel está sendo investigado ainda por suspeita de compra de votos na Raposa Serra do Sol. Conforme o processo, o esquema era para beneficiar Denarium nas eleições de 2018.
Outra ação contra ele por suspeita de compra de votos em Caracaraí vai a julgamento no dia 25 de agosto. O Ministério Público Eleitoral o acusa de comprar voto por R$ 100.
Por Redação
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